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Estados Unidos/África

EUA garantem diálogo e trabalho com África

Encerrou na noite passada em Washington a cimeira Estados Unidos África. Contrariamente a Donald Trump que tinha criticado, abertamente, a pertinência da relação com os países do continente negro o seu sucessor, Joe Biden, alega não haver dúvidas quanto ao facto de que a América está apostada em dialogar e trabalhar com África.

Joe Biden, presidente americano, em Washigton no Fórum de negócios Estados Unidos África a 15/12/22.
Joe Biden, presidente americano, em Washigton no Fórum de negócios Estados Unidos África a 15/12/22. © President Joe Biden Twitter
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Participaram em Washington delegações de praticamente todos os Estados africanos.

Todos os lusófonos se fizeram representar: Angola, Guiné-Bissau e Moçambique a nível presidencial, enquanto Cabo Verde e São Tomé e Príncipe tiveram delegações encabeçadas pelos respectivos primeiros-ministros.

O antecessor de Joe Biden, o ex presidente Donald Trump, chegara a referir-se a "países de merda", fazendo referência a Estados africanos, e desvinculara-se da cooperação com o continente negro.

Esta cimeira ilustra a reaproximação que Washington pretende imprimir com o continente, berço da humanidade.

Joe Biden, o presidente norte-americano, alega ser "claro" que pretendem dialogar e trabalhar com África.

"Há alguns dias perguntou-se ao presidente Sall o que ele poderia considerar como o sucesso desta cimeira.

E lembro-me de o ouvir dizer que os Estados Unidos tinham de demonstrar a respectiva vontade em trabalhar com os africanos: o sucesso seria a vontade de trabalhar com os africanos.

Acho que isso é algo com que estamos comprometidos, os Estados Unidos, de forma duradoura. Temos a vontade de trabalhar com os africanos e precisamos de vós.

Dirigindo-me ao presidente Sall e demais estadistas presentes nesta sala espero termos sido claros que não só demonstrámos essa vontade, mas também que faremos o muito trabalho que tem de ser feito. "

Todavia as muitas abstenções africanas, ou mesmo votos contra, na Assembleia Geral da ONU numa resolução condenado a invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de Fevereiro passado tinham gerado mal estar entre Washington e as capitais africanas.

Os Estados Unidos sempre se pautaram pela condenação da invasão russa da Ucrânia.

África mantém relações históricas com Moscovo, no caso dos países lusófonos, que remontam ao apoio prestado durante a luta de libertação contra a potência colonial portuguesa.

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