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Conferência de segurança/Munique

Alemanha: Conferência de segurança arranca em Munique

Munique – Líderes políticos de mais de 150 países estão reunidos, a partir de hoje, e durante três dias, em Munique, na Alemanha, para uma conferência de segurança com a guerra na Ucrânia e as relações entre a China e os Estados Unidos, em pano de fundo. 

Conferência anual de segurança na cidade de Munique
Conferência anual de segurança na cidade de Munique REUTERS - POOL
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A poucos dias de se completar um ano da invasão russa da Ucrânia, mais de 30 chefes de Estado e de governo e uma centena de ministros e especialistas de todo o mundo, estão reunidos, na capital da Baviera, para discutir o tema da segurança global e os seus desafios, na quinquagésima nona edição da conferência de Munique.

No encontro, espera-se que os dirigentes ocidentais renovem o seu compromisso de ajuda à Ucrânia e façam um balanço sobre a assistência militar e financeira providenciada a Kiev, desde o início do conflito. O Presidente ucraniano discursou, por videoconferência, no início do evento.

A tensão entre os Estados Unidos da América e a China, nomeadamente, após Washington ter abatido um alegado balão chinês, que sobrevoava território americano, será outro dos temas principais em cima da mesa nesta conferência. Este incidente levou Antony Blinken, chefe da diplomacia americana, a cancelar uma viagem agendada a Pequim.

Este encontro, em Munique, figurará como a primeira oportunidade para que os responsáveis da área da defesa dos dois países possam conversar sobre o assunto.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos acusaram, por inúmeras vezes, a China de espionagem e, no início desta semana, Pequim negou e lançou duras críticas a Washington.

Desde 2022, balões dos Estados Unidos da América sobrevoaram ilegalmente o espaço aéreo da China, mais de 10 vezes, sem a aprovação das autoridades chinesas.

Os principais protagonistas presentes no evento deste ano são a vice-Presidente americana, Kamala Harris, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e o homólogo chinês, Wang Yi, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytri Kuleba, também deverá marcar presença no evento.

De salientar que, este ano, a Rússia não foi convidada para participar no encontro.

Aliados ocidentais preparam novo pacote de sanções

Numa altura em que os combates prosseguem, na Ucrânia, sem qualquer sinal de apaziguamento, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) teme uma nova ofensiva russa.

Na próxima semana, está prevista a adopção de um novo pacote de sanções, segundo avançou uma responsável norte-americana, esta quinta-feira.

O novo pacote terá um impacto na ordem dos 11 mil milhões de euros e poderá contemplar, pela primeira vez, sanções diretas ao regime iraniano, que tem fornecido drones a Moscovo, de acordo com declarações proferidas por Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, numa alocução dirigida ao Parlamento Europeu.

"Pela primeira vez, propomos também sancionar entidades iranianas, incluindo as ligadas à Guarda Revolucionária Iraniana. É nosso dever sancioná-los e confrontar o Irão sobre o fornecimento de drones e a transferência de 'know-how' para a construção de locais de produção na Rússia", referiu Von der Leyen.

É ainda esperado que os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo (G7) se reunam, este sábado, à margem da conferência.

Situação descontrolada no terreno

A Rússia continua a tentar, a todo o custo, conquistar a cidade de Bakhmut, na região de Dontesk, no leste da Ucrânia. Esta cidade é um símbolo da resistência ucraniana, devido à duração dos combates, mas, nas últimas horas, a vice primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, apelou aos civis para saírem de Bakhmut. Este apelo poderá querer dizer que a intensidade dos combates está a aumentar ou até mesmo que a Moscovo estará prestes a tomar a cidade.

"Apelo aos civis que estão agora em Bakhmut: se são cidadãos práticos, cumpridores da lei e patriotas, devem abandonar imediatamente", escreveu naquela rede social.

De salientar que um ataque, na passada quinta-feira, fez cinco mortos, nove feridos e inúmeros estragos materiais.

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