Guerra na Ucrânia de novo no Conselho Europeu
Esta quinta e sexta-feira, Bruxelas acolhe mais um Conselho Europeu que deve ser marcado pelo reforço do apoio da União Europeia à Ucrânia. O encontro conta com a presença especial do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
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O Conselho Europeu arranca ao final da manhã, em Bruxelas, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Em cima da mesa dos chefes de Estado e de Governo dos 27 estados-membros da União Europeia volta a estar a guerra na Ucrânia e o reforço do apoio a Kiev.
Os dirigentes devem dar luz verde ao pacote, aprovado na segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, de dois mil milhões de euros para produzir e disponibilizar munições de grande calibre à Ucrânia.Os dois mil milhões de euros têm como propósito a produção de munições de 155 milímetros que a Ucrânia pediu há semanas para continuar a repelir a invasão de Moscovo. Metade desse montante é destinado à aquisição conjunta de munições.
"Vamos reafirmar, como sempre, o nosso apoio incondicional para ajudar a Ucrânia," afirmou o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
António Guterres é o convidado da cimeira dias depois da renovação de um acordo negociado pela ONU e pela Turquia para garantir a exportação de cereais ucranianos através do mar Negro.
Esta é o primeiro Conselho Europeu desde que se assinalou o primeiro aniversário do início da ofensiva militar russa, a 24 de Fevereiro de 2022 e vai contar com uma intervenção por videoconferência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, depois de ele ter estado fisicamente na cimeira anterior, a 9 de Fevereiro.
Os líderes da UE deverão abordar, também, a estratégia do bloco comunitário para melhorar a competitividade a longo prazo e aprofundar o mercado único, a política energética e comercial dos 27 e as migrações.
As recentes tensões no sector financeiro, na sequência do colapso do banco americano Silicon Valley Bank, poderão também marcar os debates, depois de a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter admitido que há “novos riscos” para a economia e também que o BCE está preparado para intervir, “se necessário”, para preservar a estabilidade financeira da zona euro.
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