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Egipto

Egipto recebeu mais de 40.000 deslocados desde o início do conflito no Sudão

A guerra entre o general Burhan e o senhor da guerra Hemdedti já matou centenas de pessoas e desencadeou o êxodo de mais de 100.000 refugiados. 40.000 destes refugiados deslocaram-se para o Egipto - onde já viviam 60.000 exilados sudaneses registados nas Nações Unidas.

Pessoas carregam malas na cidade sudanesa de Wadi Halfa, na fronteira com o Egipto, em 4 de Maio de 2023.
Pessoas carregam malas na cidade sudanesa de Wadi Halfa, na fronteira com o Egipto, em 4 de Maio de 2023. AFP - -
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A maior parte dos novos refugiados vem de Cartum. A travessia é feita por terra durante vários dias em autocarros em direcção a Argeen, no sul do Egipto. A viagem custa pelo menos 500 dólares e é extremamente arriscada devido a combates e roubos constantes.

Uma vez chegados ao posto fronteiriço de Argeen, os refugiados não encontram comida, água, sombra e deparam-se com o calor abrasador do deserto. A espera neste posto fronteiriço dura entre um a três dias. A maior parte dos exilados desloca-se entretanto para o Cairo. Aqui juntam-se a familiares ou alugam apartamentos apertados, escuros, em tijolo nos bairros pobres de Faisal e Ard Lewa.

Por seu lado, o Egipto, já albergava 5 milhões de Sudaneses antes desta guerra, e vê-se a braços com uma grave crise económica, inflação galopante e uma desvalorização de 100% da moeda local em apenas um ano, e poderá não ter capacidade para um novo fluxo migratório em massa proveniente do Sudão.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no Egipto, Christine Beshay, afirmou que o Egipto é o país que acolheu mais pessoas que fogem dos combates no Sudão, que opõem o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido. 

De acordo com dados da ONU, cerca de 100.000 pessoas já atravessaram o Sudão para outros países fronteiriços, sendo o Egipto e o Chade os países que mais receberam as pessoas através das passagens terrestres.

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