Cimeira do Conselho da Europa para mostrar uma frente unida perante a Rússia
Um ano depois de ter excluído a Rússia devido à invasão da Ucrânia, os dirigentes dos 46 estados-membros do Conselho da Europa reúnem-se esta tarde na capital da Islândia para evocar meios de apoiar Kiev. Um registo dos dados provocados pela Rússia assim como a possibilidade de criar um tribunal especial para os crimes de guerra na Ucrânia estão em cima da mesa.
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Esta que é a quarta cimeira em 75 anos de existência desta entidade que abrange países que fazem parte da União Europeia mas não só, visa explorar pistas para tornar a Rússia penalmente responsável pelas destruições e os crimes causados no quadro da sua ofensiva na Ucrânia.
Esta cimeira durante a qual o Presidente Francês, o chefe do governo britânico, bem como o chanceler alemão, vão pronunciar um discurso, acontece pouco depois de o chefe de Estado ucraniano ter efectuado nestes últimos dias uma digressão pela Europa, em Roma, Berlim, Paris e Londres, em busca de novas garantias de apoios. Zelensky que não estará presente na cimeira, vai também dirigir-se aos participantes por videoconferência.
Numa altura em que Moscovo tece advertências sobre a possibilidade de o conflito ser demorado apesar de pesadas baixas, o Conselho da Europa procura ostentar uma frente unida e dar garantias de que está do lado da Ucrânia de forma inabalável. "Continuaremos a apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário", assegurou ainda ontem Ursula Von Der Leyen, Presidente da Comissão Europeia.
Em cima da mesa está o lançamento de um "registo dos prejuízos" provocados pela invasão da Ucrânia, um primeiro passo que visa viabilizar o pagamento de compensações pela Rússia pelo impacto do conflito.
Outra pista a ser explorada, a criação de um tribunal especial para os crimes de guerra na Ucrânia a ser provavelmente instalado em Haia, isto dois meses depois do próprio Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandato de captura contra o Presidente russo, por alegados crimes de guerra.
Esta cimeira acontece poucos dias antes de outro grande encontro. A partir de sexta-feira e durante três dias, estarão reunidos no Japão os países do G7, as 7 principais potências mundiais, para também reflectir sobre meios de apoiar a Ucrânia e encontrar formas de as sanções aplicadas contra a Rússia deixarem de ser contornadas.
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