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#Comércio e Diplomacia

Chefe da diplomacia da UE na China para preparar cimeira

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, chegou, esta quinta-feira, à China para defender a estratégia europeia de "redução de riscos" e preparar a cimeira União Europeia-China.

Josep Borell, chefe da diplomacia da União Europeia. Imagem de arquivo.
Josep Borell, chefe da diplomacia da União Europeia. Imagem de arquivo. AFP - FRANCOIS WALSCHAERTS
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A visita acontece poucos dias depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, sobre a qual Josep Borrell convocou uma reunião de emergência com os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, enquanto a China apelou a todas as partes para um "cessar-fogo".

A visita de Josep Borrell à China, que foi adiada por duas vezes este ano, deve durar até sábado e servir para abordar as relações bilaterais, questões internacionais e o comércio. A deslocação deve também conduzir a uma cimeira União Europeia-China a realizar ainda este ano.

As relações sino-europeias ficaram mais tensas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022 e a China não condenou Moscovo, afirmando ser neutra no conflito, mas mantendo uma relação que classificou como "sem limites" com a Rússia. Por outro lado, Pequim acusou o Ocidente de "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

Em termos económicos, Bruxelas está a tentar conciliar o objectivo de ser menos dependente do gigante asiático e, ao mesmo tempo, manter laços sólidos em matéria de comércio, clima e Direitos Humanos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já tinha declarado que a União Europeia quer “uma redução de riscos” no comércio com a China. No mês passado, Bruxelas iniciou até uma investigação sobre subsídios atribuídos pelo Governo chinês aos fabricantes de veículos eléctricos. O objectivo é defender a indústria europeia face à venda de automóveis "a preços artificialmente baixos" nos mercados mundiais. A China criticou este inquérito que vê como danoso para as relações comerciais com a União Europeia e denunciou um caso de “proteccionismo puro e duro”. No início de Outubro, a UE também apresentou uma lista de áreas estratégicas que vão ter de ser defendidas contra Estados rivais, como a China, nomeadamente o sector da inteligência artificial.

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