Caso do Litio e do Hidrogénio dá origem a buscas e a detenções
Lisboa – A investigação judicial ao chamado caso do Litio e do Hidrogénio, na origem da demissão-surpresa de António Costa da função de primeiro-ministro, já levou a acusações de algumas pessoas da sua entourage, incluindo o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
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A investigação centra-se, em particular, em suspeitas de "corrupção" e "tráfico de influência" na atribuição de concessões para a extração de lítio e a produção de hidrogénio verde, segundo o Ministério Público.
De acordo com a imprensa portuguesa, os investigadores apreenderam 75.800 euros em dinheiro em vários envelopes do gabinete do chefe de gabinete do primeiro-ministro Vítor Escária, que está em prisão preventiva desde terça-feira. "Este dinheiro está ligado a uma antiga actividade profissional do meu cliente", mas "explicações serão dadas oportunamente", disse o seu advogado, Tiago Rodrigues Basto, à saída do tribunal, na manhã desta quinta-feira.
O chefe de gabinete de António Costa, Vitor Escária, e o seu assessor Diogo Lacerda Machado foram presos e devem ser ouvidos por um juiz nesta quinta-feira.
Foi nesse contexto que António Costa assinou esta quinta-feira 9 de Novembro de 2023, o despacho de exoneração de Vítor Escária do seu chefe de gabinete, entretanto já substituido pelo major general Tiago Vasconcelos, actual assessor militar do primeiro-ministro, que passa a chefe de gabinete até à sua saída, para "garantir a gestão corrente", segundo a imprensa portuguesa.
O actual ministro das Infra-Estruturas, João Galamba, é considerado suspeito nos quatro negócios que integram este caso e, assume uma posição de destaque no inquérito, tal como o antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Esta foi a fundamentação do Ministério Público para as 42 buscas realizadas terça-feira e a detenção de cinco pessoas: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e dois administradores da empresa Start Campus : o presidente executivo Afonso Salema e o advogado Rui de Oliveira Neves.
Entretanto a imprensa portuguesa reportou durante a tarde de quinta-feira que o antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira foi igualmente constituído arguido na mesma investigação do Ministério Público.
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