Enquanto continuam as operações em Gaza, começa a chegar ajuda médica
Israel continua as suas operações na faixa de Gaza nomeadamente a ocupação do hospital de Al-Chifa, o maior daquele território, mas também no hospital indonésio, no norte da cidade de Gaza, onde a ofensiva do exército israelita terá causado 12 mortos esta segunda-feira, segundo o Hamas que controla o território.
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"O exército israelita está a cercar o hospital indonésio e receamos que possa acontecer o que se passa no hospital de Al-Chifa", disse Ashraf al-Qidreh, porta-voz do ministério da saúde do Hamas, ao referir-se à ofensiva hoje do exército israelita contra esta unidade de saúde do norte da cidade de Gaza onde se encontram, segundo o Hamas, 700 pacientes e membros do pessoal de saúde.
Depois de ter tomado o controlo, há dias, do hospital de Al-Chifa, o maior hospital de Gaza, e depois de ter apresentado o que afirma serem provas de que existiam instalações militares e armas nessa unidade de saúde, o exército israelita afirmou hoje "estar a estender as suas operações em novos pontos de Gaza", nomeadamente em Jabaliya, no norte do território.
Perante a importância das destruições, nomeadamente no que tange às estruturas de saúde, a vizinha Jordânia informou ter enviado 170 médicos e enfermeiros juntamente com material para a Faixa de Gaza, o Koweit tendo igualmente anunciado a entrada em Gaza de seis ambulâncias. Também foi anunciada hoje a evacuação para o Egipto de 28 bebés prematuros que se encontravam no hospital de Al-Chifa.
Depois do ataque do Hamas em Israel em que morreram 1200 pessoas no passado 7 de Outubro, a ofensiva lançada pelo exército israelita na faixa de Gaza, causou pelo menos 13 mil mortos, segundo um novo balanço estabelecido hoje pelo Hamas.
É sobre esta situação que deveriam discutir amanhã os países membros do BRICS, numa cimeira virtual presidida pela África do Sul, um dos países que no final da semana passada reclamou um inquérito do tribunal penal internacional sobre a guerra na Faixa de Gaza.
Esta reunião decorre numa altura em que aumentam as críticas pouco veladas à actuação de Israel. Ainda hoje a França teceu advertências sobre o número importante de vítimas civis do conflito, enquanto o chefe de estado das Comores que actualmente preside a União Africana considerou que a resposta israelita "não tem desculpa".
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