Israel mata "por engano" três reféns do Hamas na Faixa de Gaza
O Exército israelita admitiu na sexta-feira à noite ter morto três reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de Outubro, assumindo que as mortes ocorreram "por engano" durante uma operação num dos bairros de Gaza.
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Yotam Haïm, 28 anos, Samer al-Talalqa, 25 anos e Alon Lulu Shamriz, 26 anos foram raptados pelo Hamas nos ataques do dia 7 de Outubro e mortos esta semana durante as incursões do Exército israelita na Faixa de Gaza. Três mortes que acontecem "por engano", segundo os militares de Israel, mas que estão a causar consternação na família dos reféns que pedem o fim da invasão da Faixa de Gaza e o regresso em segurança das pessoas ainda detidas pelos Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que a morte dos reféns se trata de uma "tragédia insuportável" que mergulha todo o país no luto e afirmando que "é preciso retirar todas as lições deste episódio". Já a Casa Branca disse tratar-se de um "erro trágico".
As manifestações em Israel encabeçadas pelas famílias dos reféns continuam. Pedem que a guerra pare para dar lugar às negociações, já que consideram que só assim se poderão salvar as vidas dos ainda 129 reféns detidos em Gaza.
Este incidente pode dar lugar a um novo período de cessar-fogo no terreno, com David Barnea, chefe da Mossad, e encontrar-se este fim de semana com o primeiro-ministro qatari, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani.
O Qatar tem estado a liderar os esforços de mediação entre as duas partes, de forma a tentar prolongar os períodos de tréguas que permitem também a entrada de camiões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde para além de milhares de mortos palestinianos, 85% da população, ou seja 1,9 milhões de pessoas, foram deslocados das suas casas e cidades desde o início da guerra.
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