Ucrânia vive segunda celebração de Natal em contexto de guerra
Numa altura em que a Ucrânia celebra o Natal pela primeira vez de acordo com o calendário católico e não o calendário ortodoxo, em sinal de desafio a Moscovo, o Presidente ucraniano afirmou ontem que o "mal será derrotado" e que a população do seu país "reza pelo fim da guerra e pela vitória".
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"Em tempos difíceis, ao mesmo tempo que defendemos a nossa terra e as nossas almas, estamos a avançar no caminho da liberdade", foi o que disse ontem à noite o Presidente Zelensky ao observar que "pelo segundo ano consecutivo, os ucranianos aprendem uma nova forma de festejar o Natal, uma outra dimensão. Este é um Natal em tempo de guerra em grande escala", sendo que "agora é mais importante quem está à mesa do que os pratos que estão na mesa", disse ainda o chefe de Estado da Ucrânia.
Esta que é a segunda mensagem de Natal em tempo de guerra para Zelensky, foi pronunciada numa altura em que persistem dúvidas sobre a perenidade do apoio ocidental ao seu país, apesar de diversas promessas neste sentido. Este discurso coincide igualmente com um momento em que a contra-ofensiva ucraniana encetada em Junho tem estado a encontrar uma forte resistência por parte das tropas russas.
De facto, no terreno, a violência não conhece tréguas. O exército ucraniano afirma ter destruído 28 drones sobre um total de 31 lançados pela Rússia na noite de ontem contra diversos alvos, nomeadamente as zonas de Odessa, Kherson, de Mykolaïv e, mais a leste, de Donetsk.
De acordo com as autoridades ucranianas, a queda dos destroços de um drone abatido pelas suas forças, provocou danos em edifícios portuários e num dos bairros de Odessa, sem todavia causar vítimas.
Do lado russo, o governo afirma que as suas forças tomaram o controlo da localidade de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia.
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