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Ucrânia

Com Kiev alvo de ataque russo, Zelensky torna a pedir ajuda ocidental

A Ucrânia anunciou ter abatido nesta madrugada 31 mísseis russos visando Kiev, neste que foi o primeiro ataque de envergadura contra a capital desde Fevereiro, numa altura em Moscovo prometeu vingar-se da multiplicação dos ataques ucranianos em território russo.

Bombeiros apagam incêndio provocado por ataque russo no centro de Kiev, no dia 21 de Março de 2024.
Bombeiros apagam incêndio provocado por ataque russo no centro de Kiev, no dia 21 de Março de 2024. AP - Vadim Ghirda
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De acordo com as autoridades ucranianas, o ataque provocou 17 feridos, todos eles civis, 13 dos quais na cidade e 4 outros na região de Kiev. O exército russo, que tem sempre desmentido visar alvos civis, garante ter apontado para "centros de decisão, bases logísticas e implantações temporárias".

Por outro lado, Moscovo refere também ter tomado o controlo de Tonenké, aldeia situada nas imediações de Avdiïvka, cidade do leste do país de que os russos se apoderaram em Fevereiro.

Perante esta situação, o Presidente ucraniano apelou os seus parceiros ocidentais a demonstrar «vontade política» para ajudar o seu país, Zelensky tendo reclamado nomeadamente sistemas de defesa antiaéreos.

No mesmo sentido, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, exortou o Congresso americano a "salvar vidas", desbloqueando os 60 mil milhões de dólares de ajuda prometidos por Joe Biden a Kiev e sobre o qual até agora os parlamentares democratas e republicanos não conseguiram entender-se devido a disputas políticas.

Nesta quinta e sexta-feira, os dirigentes europeus devem reunir-se em cimeira em Bruxelas no intuito de uma vez mais colocar a Ucrânia no centro dos debates e também evocar a sua própria defesa, isto depois de o Presidente Macron ter recentemente evocado o possível envio de tropas terrestres francesas para a Ucrânia.

No âmbito deste encontro, os 27 deveriam igualmente evocar um plano prevendo utilizar a favor da Ucrânia os rendimentos dos milhares de euros pertencentes à Rússia que se encontram bloqueados na União Europeia. Esta iniciativa evocada praticamente desde o início da ofensiva russa há um pouco mais de dois anos, foi novamente denunciada por Moscovo como sendo um "roubo".

"Naturalmente, utilizaremos todos os mecanismos jurídicos possíveis, aqueles que estão disponíveis neste momento e no futuro", declarou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin ao ameaçar os europeus de encaminhar acções em justiça contra eles "durante décadas".

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