É preciso “alinhar” as acções com a "importância que o mar tem nos discursos”
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Telmo Morato lidera uma equipa de investigação que se foca no estudo e exploração do mar profundo com ênfase nos Açores e, em 2021, realizou uma expedição científica a zonas do mar profundo, da Dorsal Médio-Atlântica, até então desconhecidas. Na Cimeira dos Oceanos apresentou alguns dos resultados desta expedição, além de partilhar o desafio que é a exploração do mar profundo.
Telmo Morato e Marina Carreiro-Silva lideram uma equipa de investigação ligada à Universidade dos Açores que se foca no estudo e exploração do mar profundo com ênfase nos Açores, mas alargado a todo o Atlântico norte e com expansão para outras bacias oceânicas. O objectivo é o de melhor conhecer o capital natural do mar profundo, conhecer os impactos das actividades humanas e das alterações climáticas no mar profundo e, com isso, informar a gestão sustentável e a conservação deste auto-sistemas.
Para conhecer o mar profundo, normalmente são necessárias ferramentas que nem sempre estão disponíveis nem para os países, nem para os centros de investigação. Falamos de grandes navios oceanográficos e equipamentos tecnologicamente avançados que permitem ver e recolher imagens e amostras das espécies que vivem no mar profundo.
Equipamentos muito dispendiosos e pouco acessíveis para grande parte dos países ou grupos de investigação.
A equipa do Centro de Investigação Okeanos da Universidade dos Açores candidatou-se ao programa europeu Eurofleets e em 2021 realizou uma expedição científica a zonas do mar profundo,da Dorsal Médio-Atlântica, até então desconhecidas.
Na Cimeira dos Oceanos, que decorreu em França, de 9 a 11 de Fevereiro, Telmo Morato foi convidado a apresentar no encontro alguns dos resultados desta expedição, não só do ponto de vista científico mas também do ponto de vista da implicação para a gestão e conservação além do desafio que é a exploração do mar profundo.
O investigador alertou igualmente para a necessidade de os decisores políticos “passarem das palavras aos actos”, é preciso “alinhar” as acções com a "importância que o mar tem nos discursos”.
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