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Os quatro anos de recuo da América de Trump em África

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Falta uma semana para as presidenciais nos Estados Unidos e na hora dos balanços do que foram estes últimos 4 anos, designadamente no respeitante às relações entre os Estados Unidos e o continente Africano, muitos especialistas consideram que Trump cedeu terreno aos russos e aos chineses em África.

O Presidente Donald Trump
O Presidente Donald Trump AP Photo/Julio Cortez
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Durante o seu mandato, o Presidente Trump mostrou sinais de pretender desinvestir-se no tocante à sua presença militar, a Africom, que abrange 7 mil soldados.

A nível da economia, mecanismos como o AGOA, adoptado no início dos anos 2000, que tinham permitido ultrapassar em certos anos os 100 mil milhões de dólares de trocas comerciais entre os Estados Unidos e África, foram reduzidos ao ponto que a China atingiu no ano passado o nível record de 208 mil milhões de dólares de trocas com África, enquanto os Estados Unidos nem têm chegado a metade nos últimos tempos.

Também em matéria de ajuda ao desenvolvimento, o investimento é mínimo. De acordo com dados oficiais, o orçamento anual do fundo do Millenium Challenge Account não ultrapassa os 950 milhões de dólares.

No que diz respeito à presença dos Estados Unidos nas instituições internacionais, depois de abandonar a Unesco, a América de Trump oficializou em Julho a sua intenção de sair da Organização Mundial da Saúde, entidade de que tem sido o principal financiador, com consequências previsíveis sobre as possibilidades de intervenção desta entidade no terreno.

Em entrevista com a RFI, Manuel João Ramos, especialista do Corno de África ligado ao Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa, analisou connosco o rumo que seguiram nos últimos 4 anos as relações entre os Estados Unidos e o continente Africano. Para o investigador, os Estados Unidos "deixaram uma bandeira a flutuar algures mas sem qualquer posição mais agressiva."

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