Em Moçambique, a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República declarou hoje ter ouvido testemunhos de "actos macabros e indescritíveis" supostamente praticados pelos grupos armados activos no norte do país.
As violências vigentes há três anos em Cabo Delgado provocaram entre mil e dois mil mortos e mais de 450 mil deslocados, sendo que muitos deles fogem para Pemba, no extremo norte da província, em busca de segurança e abrigo.
De acordo com a Caritas, cerca de 10 mil deram à costa nestes últimos dias e, na ausência de familiares ou conhecidos que os possam acolher, ali ficam em condições precárias apesar do apoio que as várias ONGs activas no terreno tentam oferecer.
Ao descrever-nos a sua situação, Manuel Nota, director da Caritas de Pemba, evoca o estado físico e mental em que chegam estes refugiados que atravessam o mar para fugir à violência e fala da forma como encaram o seu futuro.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro