Mutilação genital feminina, ou MGF, é uma forma de violência contra as mulheres e é uma violação dos Direitos Humanos.
Em Portugal, é um fenómeno que se verifica em consequência das migrações de pessoas de países onde esta prática acontece. Como é na região de Lisboa que se concentra o maior número de migrantes, é também aqui que se regista o maior número de mulheres que foram submetidas à prática da MGF, mais de 6 mil e 500, sendo que 89% provinham da Guiné-Bissau.
Entidades que lidam com o fenómeno em território português, indicam que cerca de 1.800 raparigas com menos de 15 anos estão em risco de serem sujeitas à prática da Mutilação Genital Feminina. Contudo, o secretismo e a criminalização da prática fazem temer que os números fiquem muito aquém da realidade.
A nível mundial, estima-se que pelo menos 200 milhões de meninas, raparigas e mulheres tenham sido sujeitas a esta prática que tem consequências graves e às vezes irreversíveis para a saúde física e psicológica e também pode provocar dificuldades ao nível da educação e da integração social.
Clara Carvalho, investigadora do ISCTE, Janica Ndela e Olímpia Pereira, da associação UMAR, ajudam-nos a fazer um retrato do fenómeno da mutilação genital feminina em Portugal.
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