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Banda guineense Super Mama Djombo completa 50 anos de carreira

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Considerada por muitos como uma das melhores bandas musicais da Guiné-Bissau, os Super Mama Djombo celebram por estes dias o 50º aniversário com colóquios nas universidades, pequenos concertos ao vivo e grandes preparativos para novas aparições no país e no estrangeiro a partir de 2023.

Super Mama Djombo na sua formação actual, Dezembro de 2022 em Bissau.
Super Mama Djombo na sua formação actual, Dezembro de 2022 em Bissau. © Mussa Baldé / RFI
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Banda de intervenção política e social, o nome Mama Djombo é uma homenagem a um irã – divindade sobrenatural da cultura do animismo guineense – que habita o santuário na localidade de Cobiana, no norte da Guiné-Bissau,

Os fundadores do Mama Djombo, ainda na Guiné Portuguesa, nos anos de 1970, seriam jovens ligados à Igreja Católica, jovens, entretanto, expulsos do meio eclesiástico quando o prelado percebeu que a sua música tinha tudo menos evocação religiosa.

Sem ser membro fundador, o maestro Adriano Ferreira, Atchutchi seria quem, a partir de 1974, logo no dealbar da independência da Guiné-Bissau transformou o Mama Djombo naquilo que é hoje: Orquestra do povo que, como o próprio disse, sempre cantou as vitórias do povo, mas também sempre alertou sobre o que vai mal na sociedade guineense.

Os Super Mama Djombo ficariam ainda mais célebres quando, em 1992, aceitaram o desafio de um outro monstro sagrado da cultura guineense, o cineasta Flora Gomes, compondo a banda sonora do seu famoso filme “Os Olhos Azuis de Yonta”.

Banda antiga, mas sempre a inovar através de entradas de fornadas de jovens músicos, os grandes sucessos dos Super Mama Djombo são sem dúvida as canções revolucionárias e laudas aos Combatentes da Liberdade da Pátria, canções gravadas em 1979 em Portugal, muitas das quais ainda por publicar.

Nas tertúlias bastante concorridas por jovens ávidos de conhecer o percurso histórico dos Super Mama Djombo, o chefe da orquestra, Atchutchi, tem anunciado uma série de actuações na Guiné-Bissau, Cabo Verde, Senegal e França, mas também a divulgação de músicas desconhecidas do público.

Uma outra novidade prometida por Atchutchi, para 2023, é a gravação e divulgação de uma música para selar a amizade que os Super Mama Djombo mantêm com um casal de professores islandeses.

O último álbum de originais gravado na Islândia e publicado por Mama Djombo, em 2007, “Ar Puro”, contou com o alto patrocínio do casal de professores daquele país nórdico.

O maestro Atchutchi acredita que os 50 anos dos Super Mama Djombo são o mote para que a mítica banda transmita vibrações positivas aos guineenses e não só.

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