Mundial Feminino: Sucesso popular leva milhares de adeptos aos estádios
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Seis nações já estão apuradas para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de futebol feminino que decorre na Austrália e na Nova Zelândia.
Japão, Espanha, Países Baixos, Suécia, Inglaterra e Austrália conseguiram apurar-se para a próxima fase do Mundial da modalidade.
A surpresa dos oitavos-de-final foi a eliminação das norte-americanas, bi-campeãs mundiais. Os Estados Unidos perderam na marcação das grandes penalidades por 5-4 frente à Suécia, isto após o empate sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.
A selecção norte-americana, que venceu quatro das oito edições do Mundial de futebol feminino, não vai realizar a proeza de vencer três Campeonatos do Mundo consecutivos, algo inédito e nunca realizado, quer seja nas femininas ou nos masculinos.
De notar ainda que duas das três nações africanas apuradas para os oitavos: Nigéria e África do Sul foram eliminadas. As nigerianas perderam por 4-2, na marcação das grandes penalidades, frente à Inglaterra, após o empate sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento, isto enquanto as sul-africanas foram derrotadas por 2-0 perante os Países Baixos.
Dois jogos ainda faltam por realizar: a França vai medir forças com Marrocos, a última selecção africana ainda presente na prova, enquanto a Jamaica vai defrontar a Colômbia.
Recorde-se que as duas selecções lusófonas, Brasil e Portugal, foram eliminadas na fase de grupos da prova.
Em entrevista à RFI, Ana Borges, defesa de Portugal, fez um balanço do Mundial, em que a Selecção das Quinas terminou no terceiro lugar no Grupo E com quatro pontos, a um dos Estados Unidos e a três dos Países Baixos, sendo que na última jornada frente às norte-americanas, as portuguesas não foram além de um empate sem golos apesar de terem dominado o encontro.
Ana Borges, internacional portuguesa 07-08-2023
Este Mundial tem sido um sucesso popular. Muito cedo na prova, após uma semana, a FIFA, organismo que gere o futebol mundial, tinha anunciado que já tinham sido vendidos 1,5 milhões de bilhetes, igualando as vendas totais do Mundial de 2015 no Canadá.
Nos 16 primeiros jogos da prova, a Austrália e a Nova Zelândia tinham acolhido mais de 450 mil espectadores, o que significa uma média superior a 28 mil pessoas por jogo. Esse número representava um aumento de 54% (!) em relação aos 16 primeiros encontros que decorreram em França na edição de 2019.
Gianni Infantino, Presidente da FIFA, lembrou que a competição estava a ser retransmitida por 130 canais em 200 países, acreditando que os “dois mil milhões de telespectadores vão ser ultrapassados”.
Nos estádios, todas as nações tinham o apoio de adeptos dos seus respectivos países, quer sejam emigrantes na Nova Zelândia ou na Austrália, ou até pessoas que fizeram a viagem de propósito para a prova.
A RFI falou com duas adeptas na Nova Zelândia, que moram no país da Oceânia, Gracie e Andreia.
Para Andreia Valente, portuguesa que está a fazer o seu doutoramento em território neo-zelandês, a presença lusa foi um sonho visto que ela segue a selecção das Quinas há mais de uma década e que era impensável nos últimos anos ver Portugal no Mundial. Ela que também nos contou a sua experiência neste país que se encontra literalmente do outro lado do mundo em relação ao território português.
Andreia Valente, adepta portuguesa 07-08-2023
Para Gracie, brasileira que mora há 20 anos na Nova Zelândia, este Mundial representa muito para a nação neo-zelandesa visto que pode trazer turismo e uma melhor divulgação do futebol feminino, ela que também nos revelou como tem sido viver na Nova Zelândia.
Gracie, adepta brasileira 07-08-2023
Recorde-se que as duas selecções lusófonas, Brasil e Portugal, foram eliminadas na fase de grupos da prova.
O Mundial de futebol feminino decorre na Nova Zelândia e na Austrália até dia 20 de Agosto.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
DESPORTO 07-08-2023 MM
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