Acesso ao principal conteúdo
Reportagem

Plano "Marselha em grande" para acabar com contrastes da cidade

Publicado a:

O mar, o sol, as costas, a caldeirada provençal e caldeirão de culturas mediterrânicas, fruto da imigração do século XX da Grécia, Espanha, Itália, Córsega, Marrocos, Tunísia, Argélia ou Cabo Verde. Do outro lado, a corrupção, as ruas sujas. Fomos visitar esta cidade portuária livre de pretensões burguesas.

Cidade de Marselha
Cidade de Marselha © AFP
Publicidade

O plano de Emmanuel Macron chamado "Marselha em grande" prevê uma reabilitação urbana da rede de transportes, das escolas e dos serviços públicos.  A segunda maior cidade do país foi durante décadas esquecida da política nacional, descreve Jorge Mendes, advogado e Delegado da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP) na região Provença-Alpes-Costa Azul (PACA).

Marselha enfrenta sucessivas ondas de violências ligada ao tráfico de droga e a ajustes de contas. O presidente da Câmara de Marselha lembrou, no ano passado, que compete ao Estado "desmantelar as redes, lutar contra a criminalidade, acabar com o tráfico de armas e de drogas". E diz que "em Marselha se consegue comprar uma kalashnikov, como se compra um pão de chocolate".

As declarações do autarca levaram o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, a prometer 300 polícias extras em três anos.  Segundo as autoridades locais, já chegaram 94 novos agentes, mas "não é suficientes", aponta Jorge Mendes

Em Marselha, encontram-se alguns dos bairros mais pobres de França, onde perto de 50% da população vive abaixo do limiar da pobreza. João Fortes vive no terceiro bairro de Marselha, conhecido pela zona mais suja e mais pobre da cidade, alegações falsas aponta o residente cabo-verdiano. "Os políticos querem afastar as populações mais pobres para as periferias", afirma.

"Marselha é a cidade mais antiga do país, é uma cidade com vida, energia e com fraquezas também e que precisa do apoio do poder central", aponta o cônsul honorário de São Tomé e Príncipe em Marselha, Jean Pierre Bensaid.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, já visitou duas vezes Marselha. No verão passado anunciou um investimento de mil milhões de euros para desenvolver a cidade, mas "não passa de propaganda políticas", acredita a presidente da associação Cap-Vert l'avenir, Sandra Lima Rocha.

"Há uma forma de estar em Marselha porque uma cidade que não se molda facilmente", aponta Sandra Lima Rocha, de origem cabo-verdiana.

Nas últimas eleições houve uma mudança de política local em Marselha que passou a ser governada por uma coligação de esquerda. Marselha é uma cidade em metamorfose com projectos de renovação urbana com o plano "Marselha em grande". Não faltam elogios de que a cidade está mais moderna do que nunca.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.