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Revista de Imprensa

França terra dos direitos humanos quer amordaçar liberdade dos jornalistas

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Abrimos com LE MONDE a titular, preocupações sobre a inflexão de medidas de segurança do mandato de Macron. O primeiro ministro, Jean Castex, tenta acalmar as tensões com a imprensa que está alarmada com os atentados à liberdade de informar.

França terra dos direitos humanos quer amordaçar liberdade dos jornalistas
França terra dos direitos humanos quer amordaçar liberdade dos jornalistas © Siegfried Forster / RFI
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Segurança global, estado de emergência, separatismo, os últimos textos defendidos pelo executivo mudaram o rosto do macronismo. Uma parte da oposição mas também eleitos da maioria denunciam uma deriva autoritária e liberticida.

O primeiro ministro, Jean Castex, tenta acalmar as tensões com a imprensa que está alarmada com os atentados à liberdade de informar. O testa de ferro dessa arquitectura securitária, Gérald Darmanin, ministro do Interior, está em todas as frentes dessa estratégia, segundo o método de Sarkozy, antigo presidente da República, acrescenta, LE MONDE. 

LIBÉRATION, replica, Estado de direito, liberdades tremidas. O texto de segurança global que reprimi a difusão do rosto de um polícia é um salto para a deriva repressiva que coloca em má situação a liberdade de informar, de manifestar ou de circular. Esse projecto de lei debatido na Assembleia nacional vem juntar-se a outros diplomas cujas medidas e práticas são denunciadas por organização de defesa dos direitos humanos e das liberdades públicas e individuais, nota, LIBÉRATION.

Para L'HUMANITÉ, com a lei de segurança global é a liberdade de informação que está ameaçada. Noutra passagem, o jornal, destaca fraude fiscal, a trapaça de 427 mil milhões de dólares dos campeões do capital, segundo peritos da Tax Justice Network que fez a traçabilidade desse dinheiro para paraísos fiscais, acrescenta, L'HUMANITÉ.  

Por seu lado, LE FIGARO, titula, ter 20 anos em 2020, geração Covid. Segundo uma sondagem da ODOXA para este jornal, 85% dos jovens consideram que pagarão caro as consequências desta crise. São jovens deprimidos, estudantes privados dos seus cursos e duma vida social e que dizem que ter 20 anos é como ter um sentimento do fim de uma época, acrescenta, LE FIGARO. 

Trump  pressiona republicanos para modificarem resultados 

A nível internacional, LE MONDE, destaca, Trump que pressiona os republicanos para modificarem os resultados das eleições. O Presidente quer bloquear a validação dos resultados em Michigan. Ontem telefonou a dois republicanos que são membros da comissão paritária que desde o começo estiveram contra a validação dos resultados num condado de Michigan, que inclui Detroit, um sólido bastião dos democratas. Mas os 2 republicanos acabaram por validar os resultados a favor dos democratas devido a movimento de protesto.

Depois do telefonema de Trump, os 2 republicanos aceitaram rectificar a validação mas parece ser uma acção complicada, pelo que o Presidente convidou na Casa Branca, outros 2 líderes republicanos, pesos pesados, para pressionar os colegas de Michigan e continuar a insistir na mudança dos resultados em Michigan, acrescenta, LE MONDE.

Donald Trump, o poder nocivo, titula, LA CROIX. Duas semanas após a anunciada vitória de Joe Biden nas presidenciais americanas, Donald Trump, multiplica iniciativas para criar dificuldades ao democrata, sabotando a transição de poderes.

É uma política de terra queimada, como afirma LA CROIX no seu editorial, já que Trump contesta sua derrota, a exemplo do que fez em 2000, George Bush, que acabou por ganhar frente a outro democrata, Al Gore, inicialmente dado como vencedor, mas que acabou por perder na recontagem dos votos na Florida. 

Em relação ao continente africano, LE MONDE, dá relevo a Burkina Faso e o balanço sofrível do Presidente Kaboré, protegido do ex-Presidente, Blaise Compaoré. Kaboré,  é candidato as eleições presidenciais de 22 de novembro, tendo à frente 12 outros concorrentes, alguns deles pesos pesados da vida política no país.

O Presidente candidato é muito criticado pela má gestão da crise securitária, ponto fulcral da campanha, com os candidatos da oposição, a denunciar esse factor, confortados por uma sondagem que dá 63% da população descontente com a política de Kaboré. Mas o Presidente continua a dizer que porá KO aos seus adversários logo na primeira volta da eleição presidencial paralelamente a eleições legislativas, acrescenta, LE MONDE. 

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