Acesso ao principal conteúdo
Revista de Imprensa

Valéry Giscard d’Estaing, o primeiro Presidente moderno

Publicado a:

"A morte de Valéry Giscard d’Estaing: o primeiro presidente moderno" titula o vespertino Le Monde. Foi Presidente da República entre1974 e 1981, morreu aos 94 anos em Authan, Loir-et-Cher, de Covid-19.

Jornais franceses 3-12
Jornais franceses 3-12 © RFI
Publicidade

Este europeu nato, que sonhava numa França centrista, foi eleito aos 48 anos ao defender uma sociedade liberal avançada. A interrupção voluntária da gravidez, o acesso ao voto a partir dos 18 anos, a liberalização da televisão marcaram o mandato.

"Um reformador incompreendido", titula o editorial do Le Monde. Ao longo da vida, Giscard d’Estaing não conseguiu ressuscitar a vitória de 1974. O desaparecimento de François Mitterrand ou de Jacques Chirac foram vividas com uma imensa emoção popular pelos franceses, o de Valéry Giscard d’Estaing parece abrir uma reflexão sobre o trabalho realizado no mandato como Presidente.

Na primeira página do conservador Le Figaro a fotografia de Valéry Giscard d’Estaing a olhar para cima, "o Europeu 1926-2020". Muitas vezes mal-amado ou incompreendido, um grande reformador: centrista, liberal, europeu. O Figaro publica uma homenagem de quatro páginas ao antigo Presidente e retrata a relação Giscard- Chirac - uma dupla impossível da ala direita. A relação dos dois homens ficou marcada por desconfiança e ressentimentos.

"Vacinas, a França aguarda pelo momento de viragem", é a manchete do comunista l’Humanité. As modalidades do plano de vacinação, as medidas são confusas. O primeiro-ministro, Jean Castex, explica esta tarde o dispositivo. 

O L’Humanité lembra a confusão das máscaras e testes Covid, o executivo francês esteve reunido em Conselho de Defesa para encontrar a melhor estratégia para acabar com esta crise pandémica. O calendário da vacinação começa a ganhar forma, mas a logística nem por isso. Quando e Quem? A Alta autoridade de saúde apresentou recomendações preliminares e estipulou  rioridade aos lares, profissionais de saúde e pessoas com saúde mais vulnerável.

"A vacina, uma arma diplomática", escreve ainda o La Croix e explica que com a chegada das primeiras vacinas abre-se uma batalha diplomática e industrial entre os países produtores. A liderar a corrida a China, Rússia e Estados Unidos que tentam aproveitar as vacinas para retomar liderança nos mercados.

Liération destaca na primeira página "as crianças de jihadistas, a ONU pede um enquadramento à França". O repatriamento de crianças, filhos de jihadistas franceses, detidas em campos na Síria é um assunto complexo que levanta inúmeras questões e reticências, por vezes legítimas lembra em editorial o Libération.

Apesar de tudo, estas crianças são francesas e não têm nenhum sítio para ir. A probabilidade de se radicalizarem ao ficar num campo de refugiados e na miséria é um risco maior do que voltar para França com acompanhamento psicológico e social adaptado. Face a este dilema a França não reage. Não por não saber o que fazer, mas porque as sondagens apontam que os franceses não concordam com estes repatriamentos. A faltar dois anos para as presidenciais, Emmanuel Macron não quer correr riscos, e deixa a situação apodrecer. A ONU pede reacções e a Comissão dos Direitos das Crianças apela a acção, alegando que quanto mais crianças estiverem em perigo, maior será a revolta para com o país que os rejeita.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.