Acesso ao principal conteúdo
Semana em África

Comunidade Internacional condena golpe de Estado no Níger

Publicado a:

O Níger, país minado por ataques de grupos ligados ao  Estado Islâmico e à Al-Qaeda, foi palco, esta semana, de um golpe de Estado. Os militares golpistas anunciaram a destituição do governo, a dissolução da constituição, o encerramento das fronteiras e a detenção do Presidente Mohamed Bazoum. O golpe de Estado já foi condenado pela comunidade internacional que exige que o Níger regresse à ordem constitucional.

Manifestações de apoio aos militares golpistas no Níger.
Manifestações de apoio aos militares golpistas no Níger. AP - Sam Mednick
Publicidade

O golpe de Estado no Níger foi condenado pela comunidade internacional. A União Africana, França, EUA e a União Europeia condenaram a acção e apelaram à libertação do Presidente e da família. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tambémcondenou firmemente a mudança anticonstitucional do governo". A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental exigiu “a libertação imediata do Presidente Mohamed Bazoum”, equacionado avançar com sanções contra o Níger.

Em São Petersburgo, na Rússia, terminou ontem a II Cimeira Rússia-África, sob o lema “Em prol da Paz, Segurança e Desenvolvimento”. O Presidente VladimirPutin afirmou que a Rússia está a examinar cuidadosamente as propostas africanas para se encontrar uma saída para a guerra na Ucrânia e prometeu enviar gratuitamente até 50.000 toneladas de cereais ao Burkina Faso, Zimbabué, Mali, Somália, República Centro-Africana e Eritreia nos próximos quatro meses. Quantidades que o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou irrisórias e que não respondem às necessidades desses países.

Esta cimeira fica marcada pela diminuição do número de chefes de Estado presentes que passou de 43, em 2019, para 17. Uma decisão que o Kremlin associa à “pressão ocidental grosseira para desencorajar a participação das nações africanas”. Cabo Verde foi um dos cinco países a recusar o convite. Em declarações à imprensa, o chefe de Estado José Maria Neves referiu que com esta ausência Cabo Verde mostra que "é um país de paz e que quer que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica ".

Na Guiné-Bissau, a coligação Plataforma da Aliança Inclusiva - Terra Ranka (PAI- Terra Ranka), vencedora das legislativas guineenses, e o Partido de Renovação Social (PRS) assinaram um acordo de incidência parlamentar e governativa que pretende "juntar forças para levar a cabo reformas estruturais inadiáveis no país. O acordo foi alcançado um dia antes da entrada em funções da nova Assembleia Nacional Popular.

O líder da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva - Terra Ranka foi eleito presidente da Assembleia Nacional Popular. Para o cargo de primeiro vice-presidente foi escolhido Fernando Dias, líder do PRS , e AdjaSatuCamará, do MADEM-G15 foi eleita para o cargo de segunda vice-presidente. Domingos Simões Pereira prometeu que a décima primeira legislatura será um exemplo de estabilidade.

Em São Tomé e Príncipe, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alberto Pereira, demitiu-se do cargo após declarações polémicas em que considerou que Portugal e Angola não têm prestado ajuda suficiente ao ensino do português na Guiné Equatorial.

Ainda no país, o porta-voz MLSTP-PSD, Cleito Matos, criticou o Governo e o Presidente da República por terem colocado militares arguidos em processos-crime nas chefias da Forças Armadas.

 

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.