27 anos após o início do genocídio no Ruanda, a França abriu ao público os arquivos relativos à situação ruandesa entre 1990 e 1994.
São arquivos da altura do ex-Presidente francês François Mitterrand e também do seu então primeiro-ministro, Edouard Balladur.
Documentos que serviram de base a um relatório sobre o papel de França no Ruanda entre 1990 e 1994, apresentado por uma comissão de historiadores no final de Março, o relatório Duclert.
27 anos após o início do genocídio, o secretário-geral nas Nações Unidas lembrou que é preciso garantir que as lições do genocídio no Ruanda foram aprendidas e que a história não se repete.
António Guterres acrescentou que "aqueles dias de 1994 permanecem na consciência colectiva entre os mais horríveis da história humana recente".
Para Innocent Niyonsenga, ruandês que chegou em 2012 a Portugal com o estatuto de refugiado político e desde Junho de 2020 cidadão português, o relatório Duclert e a abertura dos arquivos relativos à situação ruandesa são passos de “um longo caminho ainda a percorrer” sobre um dos piores assassinos étnicos da história recente.
O genocídio ruandês teve início a 7 de Abril de 1994 e causou a morte de cerca de 800.000 Tutsis e Hutus moderados em cerca de cem dias.
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