Fim do teletrabalho obrigatório é "um alívio" para trabalhadores e empresas
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Ouvir - 08:19
Na quarta-feira acabou em França a obrigatoriedade do teletrabalho, uma medida imposta novamente no final de dezembro devido à vaga da variante Omicron no país. Com esta variante a mostrar-se menos agressiva e o decréscimo no número de casos, Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, considera que o fim do teletrabalho obrigatório é uma medida positiva, já que muitos trabalhadores querem regressar aos seus locais de trabalho.
"Muitos dos colaboradores que foram obrigados a ficar em teletrabalho não apreciaram a medida. Gostam de fazer uma vez de vez em quando, mas não apreciam os três dias obrigatórios durante a semana. Sinto um certo alívio por já não ser obrigatório e ter passado a ser uma recomendação", disse Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, em entrevista à RFI.
Com centenas de empresas associadas, o dirigente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa afirmou que a maior parte dos setores como construção civil, restauração, transportes ou distribuição agro-alimentar já não permitia de qualquer forma o teletrabalho, tratando-se de trabalhos que só se podem desenvolver presencialmente, mas que para o setor dos serviços há já acordos em França entre patrões e sindicatos para a continuação de um ou dois dias em teletrabalho.
"As grandes empresas negociaram com os sindicatos o facto de ficarem alguns dias em teletrabalho, mas a maior parte das empresas em França vão voltar ao trabalho a 100%", declarou, algo que não deixa de ser uma pequena revolução no mercado de trabalho francês até agora pouco habituado ao teletrabalho.
A segunda etapa do fim das medidas sanitárias acontece já no próximo dia 16 de fevereiro, com a reabertura das discotecas e possibilidade de voltar a comer e beber de pé nos bares e restaurantes, esperando-se agora um novo alívio do protocolo escolar para as crianças francesas já no regresso às aulas no fim de Fevereiro.
As empresas franceses pedem agora a revisão do número de dias que as pessoas infectadas ficam em casa, já que com um grande volume do número de casos, se torna difícil gerir o efectivo das empresas.
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