Cabo Verde no filme de abertura de mostra do Festival de Cannes
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Ilça Moreno Zengo deixou Cabo Verde pela França, a enfermagem pelo cinema. Ela é a protagonista de "Ama Glória", o filme que abriu a "Semana da crítica", mostra paralela do Festival de cinema de Cannes realizado pela francesa Marie Amachoukeli.
Em causa a relação intensa entre uma menina francesa de 6 anos e a sua ama, Glória, um filme rodado, sobretudo, em Cabo Verde.
O arquipélago que ganha, aqui, uma visibilidade raramente alcançada na sétima arte por Cannes ser uma das montras do melhor que se faz do cinema no mundo.
Ilça Moreno Zengo contou-nos ter passado um casting e foi seleccionada, alegando se tratar de um verdadeiro filme sobre a emigração, identificando-se, em larga escala, com a personagem principal.
A obra deve ter estreia também em Cabo Verde. A actiz apela desde já que as diásporas cabo-verdianas o vejam também por se tratar também da sua história.
Por enquanto a actriz tenta conciliar enfermagem e cinema, empenha-se em espectáculos junto da comunidade cabo-verdiana.
Ilça Moreno assume o seu orgulho pela visibilidade que este projecto tem ao estrear, precisamente, em Cannes, um dos mais prestigiosos palcos do mundo da sétima arte.
O filme fala, com muito pudor, das emigrantes dilaceradas pelo desgosto dos filhos que deixam na sua terra, para, muitas vezes, irem tratar de outras crianças, noutras paragens.
Uma obra sobre a crueldade infantil, sobre o perdão, sobre vidas divididas e dilaceradas pelo amor aos filhos e a demais crianças.
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