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Presidenciais

Presidenciais em São Tomé e Príncipe “jamais” consideradas “livres e transparentes”.

A ex-primeira ministra Maria das Neves, e a quinta candidata presidencial mais votada, exige que a Comissão Eleitoral Nacional esclareça eventuais “irregularidades” na primeira volta das presidenciais em São Tomé e Príncipe.

Primeira volta das presidenciais em São Tomé e Príncipe
Primeira volta das presidenciais em São Tomé e Príncipe AFP PHOTO/Martin VAN DER BELEN
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A independente Maria das Neves, oriunda das fileiras do MLSTP-PSD, considera que as eleições em curso no arquipélago “jamais poderão ser consideradas livres e justas”. E lembra as denúncias que fez no mesmo sentido aquando das eleições de 2016.

ADI lança pontes, sem contactar MLSTP-PSD

Interrogado pela enviada especial da RFI, Neidy Ribeiro, o candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais são-tomenses, Carlos Vila Nova, diz que ainda não foi contactado pelos adversários do MLSTP-PSD, após vitória na primeira volta, mas já conversou com os concorrentes de outras forças políticas.

“- Nós já nos aproximámos de grande parte dos outros candidatos, até porque uma boa parte deles contactaram-nos a felicitar, a dar os parabéns pelos resultados obtidos na primeira volta. E aproveitámos para conversar. É verdade que não vos posso dizer se há acordo, se não há acordo, porque é difícil.

A minha candidatura elegeu São Tomé e Príncipe em primeiro lugar, e todos aqueles que acham que São Tomé e Príncipe também, para eles, está em primeiro lugar, que se associem a nós. Nós fizemos o convite. E não deixarei ao longo desta campanha de segunda volta de fazer passar essa mensagem a todos aqueles que, pertencentes à estrutura de outras candidaturas, ou não, aderentes, simpatizantes, vejam, de facto, que São Tomé e Príncipe é que está em causa.

- E os candidatos do MLSTP, contactaram ?

- Os do MLSTP-PSD, não, não me contactaram, mas (com) os outros que podem também, de alguma maneira, contribuir para o fortalecimento da democracia (…) já conversámos”, esclarece Carlos Vila Nova em entrevista conjunta à RFI e Agência Lusa.

01:51

Carlos Vila Nova, 22/7/2021

 

Candidato agricultor não dá indicação de voto

O candidato revelação da primeira volta das presidenciais são-tomenses, o agricultor e independente, Abel Bom Jesus, admite formar uma nova força política, depois de ter ficado à frente de 15 candidatos, num total de 19, e ter conseguido o apoio de intelectuais, quadros superiores da função pública, ex-ministros e ministras, ex-vice-presidentes da assembleia da nacional, e embaixadores.

Abel Bom Jesus, oriundo da ADI, não apela ao voto em nenhum candidato na segunda volta das eleições.

 

Candidato do MLSTP-PSD apela à união e lembra coabitação.

 

Em resposta a uma pergunta da enviada especial da RFI, Neidy Ribeiro, o candidato do MLSTP-PSD, Guilherme Posser da Costa, menciona a necessidade de unir o partido na segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe.

Posser da Costa acena com a bandeira da estabilidade e da coabitação.

“- Vou reforçar as mensagens que eu transmiti ao povo. Uma delas é a estabilidade e a governabilidade do país, que nós necessitamos para poder criar um clima de estabilidade (…), não só estabilidade institucional, mas também um certo clima de estabilidade social.

Precisamos de mais coesão social. Quando refiro a harmonia no meu slogan, (…) comporta todas essas componentes: (…) institucional e (…) social.

Eu tenho esse perfil e já o provei (…). Devo ter sido talvez o presidente, num quadro constitucional de pendor muito mais presidencialista, que coabitou com um presidente de uma família política diferente da minha. E posso aqui afirmar sem qualquer margem para dúvida, e sem qualquer tipo de falsa modéstia, que foi uma belíssima coabitação. Soubemos, cada um de nós, respeitar as suas competências, lá onde elas devem ser respeitadas. Nós soubemos sempre unir as duas competências (…) sempre que estive em causa o interesse coletivo.

Eu vou iniciar uma série de contactos com outros candidatos que não passaram à segunda volta, e espero poder obter deles o apoio (…).

Ainda existe uma margem de indecisos e, portanto, terei de fazer também uma campanha um pouco virada para tentar (conseguir) o voto desses indecisos (…) que não exerceram o direito de voto (devido) a algum desconforto ou algum desagrado perante a situação actual.

- Acredita que terá essa capacidade de unir os membros do seu partido para votarem no Senhor na segunda volta?

- Eu acredito que alguns terão, por uma razão ou por outra, ficado magoados (…), terão avançado com alguns argumentos para justificar talvez o facto de não terem sido eleitos, não terem beneficiado do apoio do partido, e serem eleitos para esse apoio por um órgão estatutário do nosso partido que é o Conselho Nacional. Respeito o sentimento de uns e de outros. Mas eu acho que o que agora interessa pensar, é que nós nos unamos porque o que está em causa, para mim, (…) é a democracia”, adianta o candidato do MLSTP-PSD, Posser da Costa em entrevista conjunta à RFI e Agência Lusa.

02:50

Guilherme Posser da Costa, 22/7/2021

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