São Tomé e Príncipe: Arroz doado pelo Japão de novo envolto em controvérsia

Em São Tomé e Príncipe, o arroz doado pelo Japão está, de novo, envolto em controvérsia. Raul Cravid do Movimento de cidadãos independentes tinha, mesmo, apelado a que o chefe de Estado demitisse o primeiro-ministro devido à gestão denunciada pelo antigo presidente Fradique de Menezes no seio da empresa CAPA, este vem agora refutar ter feito tais acusações. O Ministério público procedeu, ainda assim, a buscas.

Arroz doado pelo Japão a São Tomé e Príncipe. telanon.info

O governo tinha assinado com a sociedade CAPA, constituída por três empresas, um acordo para gestão e comercialização do arroz doado pelo Japão.

Devido ao incumprimento de uma das cláusulas do acordo que proibia a comercialização a retalho, o governo rescindiu o acordo, segundo o secretário de Estado do Comércio e Indústria, Eugénio Graça.

"Só restava ao governo rescindir o contrato e passar a gestão e comercialização à direcção do comércio para comercialização a preço dos grossistas no armazém", explicou Eugénio Graça.

Num recente comunicado distribuído aos órgãos de comunicação, o ex-presidente da República, Fradique Menezes, nega que tenha feito qualquer denúncia ao governo liderado por Jorge Bom Jesus.

Referiu que as suas declarações foram feitas com o objectivo de alertar a união MDFM-UDD para um melhor trabalho a ser feito junto aos seus militantes e disse ter citado vários exemplos.

O caso do arroz tem sido recorrentemente tema de debates políticos e até já chegou às barras do tribunal.