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São Tomé

Continua polémica em torno da IURD em São Tomé

A advogada da família do pastor são-tomense da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) detido na Costa do Marfim, Celiza de Deus, reagiu às declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros que a acusou de ser um dos principais rostos da manifestação contra a prisão do pastor são-tomense, Iudmilo Veloso, detido na Costa do Marfim.

Vandalização da sede da IURD em São tomé 16/10/2019
Vandalização da sede da IURD em São tomé 16/10/2019 Telanon
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Na passada quarta-feira, 16 de Outubro, um protesto na sede da Universal em São Tomé e Príncipe com centenas de pessoas resultou na morte de um jovem, além dos estragos dos templos da igreja no país.

Celisa Deus Lima, advogada da família do pastor são-tomense da IURD, detido na Costa do Marfim há cerca de dois meses e condenado a um ano de prisão por alegada difamação da Igreja Universal do Reino de Deus, deu esta segunda-feira uma conferência de imprensa onde desmentiu as acusações da chefe da diplomacia Elsa Pinto.

A ministra são-tomense dos Negócios Estrangeiros acusou a advogada Celisa Deus Lima de ser instigadora dos actos de vandalismo da passada quarta-feira.

Celiza de Deus diz sentir-se sensibilizada com o facto do pastor Iudmilo Veloso ter sido julgado sem ser defendido por um advogado. A advogada do pastor apelou a população para ter calma, tranquilidade e serenidade, sublinhando que a solidariedade que se gerou em torno do pastor só faz sentido se não houver violência.

Numa recente comunicação à imprensa, a ministra dos Negócios Estrangeiros afirmou que a manifestação foi apenas um "Show Off", aludindo aos expedientes que foram feitos à margem do seu ministério que tem a responsabilidade sobre a matéria.

Um rapaz foi morto a tiro em São Tomé quando manifestantes tentavam invadir a sede da IURD, num protesto para exigir o repatriamento do pastor detido na Costa do Marfim e condenado a um ano de prisão depois de as investigações terem apurado que o autor de difamações, calúnias e ameaças contra a igreja nas redes sociais era o próprio pastor.

Assim que a notícia de sua prisão chegou a São Tomé e Príncipe, os fiéis da IURD revoltaram-se e exigiram aos deputados explicação pela prisão do compatriota. Os bispos da IURD na ilha compareceram no Parlamento e explicaram que a IURD não tinha determinado a prisão do pastor e não tinha poderes para exigir das autoridades marfinenses a liberdade de Iudmilo Veloso.

Mais explicações com o nosso correspondente em São Tomé e Prícipe, Máximino Carlos.

02:21

Correspondência de São Tomé e Príncipe

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