Os ex-dirigentes da Guiné-Bissau voltaram a casa
Os ex-dirigentes da Guiné-Bissau que se encontravam refugiados na sede da União Europeia em Bissau, desde o golpe de Estado do passado dia 12 de Abril, regressaram às suas casas .
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A antiga ministra da Presidência Adiatu Nandigna e o presidente da Comissão Nacional das Eleições, Desejado Lima da Costa, saíram na noite de ontem da sede da União Europeia e foram para as suas respectivas residências. Já o antigo ministro do interior, Fernando Gomes e o ex chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, deixaram o país na semana passada em direcção à Gâmbia, onde se encontram actualmente.
Contrariamente àquilo que tem sido noticiado pela imprensa internacional, Desejado Lima da Costa disse não entender porque é que há notícias de órgãos de comunicação social estrangeiros que o dão como estando preso, primeiro no Senegal, e depois na Gâmbia.
Já ontem a agência France Press avançava que Zamora Induta, Fernando Gomes estavam detidos na Gâmbia, informação que foi desmentida por próximos de Zamora Induta, que avançaram à RFI que os dois ex-dirigentes se encontram na Gâmbia, mas que não se encontram detidos.
Com a colaboração do nosso correspondente em Bissau, Mussa Baldé.
Correspondência de Mussa Baldé
Num outro plano, o embaixador de França em Bissau, Michel Flesch, juntamente com outros diplomatas reuniram-se nesta quarta-feira pela primeira vez com o novo ministro dos negócios estrangeiros do Governo de Transição, Faustino Imbali, para falarem das razões do golpe de Estado e quais as perspectivas do Governo para a saída da crise. A França espera que o novo Governo da Guiné-Bissau lute contra a impunidade, combata o tráfico da droga e organize eleições credíveis no mais curto espaço de tempo, e so nessa altura poderá avaliar a actuação do executivo de transição.
Michel Flesch, embaixador de França em Bissau
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