Responsável da defesa da Nigéria desloca-se à Guiné-Bissau

A responsável pela pasta da defesa da Nigéria, país que compõe uma boa parte dos contingentes da CEDEAO Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental presentes na Guiné-Bissau, avista-se hoje com as autoridades do país em Bissau.

Fernando Vaz, Ministro da Comunicação e porta-voz do Governo Guineense de Transição AFP FOTO/ SEYLLOU

Esta deslocação surge no momento em que tanto o Governo de Transição como as forças da CEDEAO acabam ontem de ser alvo de críticas por parte da Liga Guineense dos Direitos Humanos pela sua alegada "incapacidade em evitar as violações dos Direitos Humanos no período de transição" a propósito da recente agressão por militares do ex-Procurador-Geral da República, Edmundo Mendes, bem como do ex-administrador da região de Gabu, José Carlos Monteiro.

No seu comunicado emitido esta segunda-feira, a Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou que o país caminha para o abismo sem que as autoridades de transição façam algo para alterar a situação. Reagindo a este comunicado, Fernando Vaz, porta-voz do Governo de Transição refere que foi pedido um inquérito sobre o sucedido e nega qualquer relação entre as críticas da Liga e a deslocação da titular da defesa da Nigéria a Bissau.

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Fernando Vaz, porta-voz do Governo de Transição da Guiné-Bissau

Paralelamente, soube-se na segunda-feira à noite que elementos da PSP, Polícia de Segurança Pública Portuguesa, foram impedidos de entrar na Guiné-Bissau por falta de vistos. Estes elementos da PSP deviam substituir durante o período natalício os seus colegas habitualmente destacados na Guiné-Bissau. Ao estranhar a mediatização desta ocorrência, Fernando Vaz desmente que se trate de uma medida de retaliação contra Lisboa cujo executivo não reconhece as autoridades de transição e sublinha que Portugal tem recusado sistematicamente vistos aos membros do Governo de Transição da Guiné-Bissau.

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Fernando Vaz, porta-voz do Governo de Transição da Guiné-Bissau