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Estados Unidos/Sandy

Obama decreta estado de "grande catástrofe” em NY devido ao Sandy

O presidente Barack Obama decretou na manhã desta terça-feira estado de « grande catástrofe» nos estados de Nova Jersey e de Nova York. Com isso, as vítimas vão começar a receber ajuda federal. As cidades mais afetadas pela passagem de Sandy são Nova York, Washington, Baltimore e Filadélfia. Os ventos diminuíram, caindo de 150 para 105 km por hora, mas a chegada do fênomeno já deixou mais de 30 mortos, de acordo com balanço provisório.  

Pedestres caminham em meio a água enquanto um táxi está submerso no Brooklyn.
Pedestres caminham em meio a água enquanto um táxi está submerso no Brooklyn. REUTERS/Gary He
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Boa parte de Nova York está mergulhada na escuridão. Na zona sul de Manhattan, a água chegou a subir 4 metros, depois recuou. Sete túneis do metrô estão completamente alagados, e essa já é considerada a pior catástrofe do sistema de transporte público da cidade desde sua fundação há 108 anos.

As águas invadiram a rede metropolitana, principalmente os túneis por onde passam os rios que cercam Manhattan, o que poderá paralisar a cidade durante vários dias. "Em 108 anos, nossos funcionários nunca se confrentaram com um desafio como o atual », admitiu Joseph Lhota, presidente da Autoridade dos transportes metropolitanos de New York (MTA, na sigla em inglês).

Con Edison, o fornecedor de energia elétrica da cidade, acredita que possam ser registrados recordes nos cortes de eletricidade, acrescentando que 600 mil pessoas já foram atingidas por panes durante a noite, em Nova York e arredores.

Mais de 6 milhões de americanos estão sem luz na costa leste e os meteorologistas advertem que após a passagem do furacão, pode vir a neve. A bolsa de valores de Nova York, que não abriu nessa segunda-feira, continuará fechada hoje, um fato excepcional que não acontecia desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Tempestade "pós-tropical"

O tráfego aéreo segue perturbado. Na segunda-feira , 12 mil voos foram anulados, uma situação que deve se repetir nesta terça-feira. A companhia francesa Air France informou ter cancelado todos os voos previstos de Paris com destino a Nova York e Washington e está tentando acomodar os passageiros em voos para outras cidades dos Estados Unidos.

O Centro nacional de furacões qualificou o Sandy de tempestade pós-tropical e não mais como furacão, o que significa que o fenômeno está acompanhado de ventos cuja força é típica de furacões mas que não tem mais as características de uma tempestade tropical.

Autoridades de Nova York retiraram na noite de segunda-feira moradores de um imóvel de luxo de 90 andares após uma grua ter sido danificada por causa dos ventos. Pacientes do Hospital Universitário de Nova York também foram retirados porque os geradores elétricos pararam de funcionar.

A polícia confirmou a morte de duas pessoas no bairro de Queens. Um homem foi vítima da queda de uma árvore quando estava dentro de casa e uma mulher morreu eletrocutada. Duas outras mortes foram registradas no condado de Wetchester, ao norte da cidade.

Diante do bloqueio de várias estradas, pontes, túneis e aeroportos, tornou-se praticamente impossível circular entre Nova York e Washington, um dos eixos mais frequentados dos Estados Unidos.

A companhia elétrica americana Exelon emitiu um sinal de alerta no reator da central nuclear de Oyster Creek , situada a mais de 130 quilômetros de Nova York devido à subida de até dois metros das águas no local, informou um porta-voz da Comissão de regulação nuclear americana.

Além das chuvas, a passagem de Sandy poderá provocar bastante queda de neve nos Apalaches, no oeste da Virgínia até no estado de Kentucky.

 

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