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Venezuela/Protestos

Arcebispo de Caracas denuncia ação de grupos armados contra manifestantes

O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, denunciou nesta quinta-feira (20) “os grupos armados que atacam os manifestantes antigoverno” na Venezuela. Ele pede que o governo aja para conter a violência. Quatro pessoas já morreram nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro, iniciados há duas semanas. O líder opositor, Leopoldo López, continua detido. Novas manifestações estão previstas para este sábado.

Há duas semanas os protestos antigoverno nas ruas de Caracas são quase cotidianos.
Há duas semanas os protestos antigoverno nas ruas de Caracas são quase cotidianos. Reuters/Carlos Garcia Rawlins
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O arcebispo de Caracas disse não entender como “os grupos armados estão atuando de maneira livre e impunemente”. “O controle das armas é do governo que tem que conter esses grupos”, declarou o cardeal Jorge Urosa Savino.

O número de mortos durante as duas semanas de protestos na Venezuela subiu para quatro depois da confirmação, na quarta-feira, da morte da jovem Genesis Carmona, de 21 anos. A ex-miss Turismo do estado de Carabobo foi ferida na cabeça por um tiro disparado na terça-feira por um grupo de manifestantes não identificados.

Novos protestos contra a insegurança, a inflação e o governo foram registrados em diversas regiões ontem. No oeste de Caracas, a polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogêneo.

Prisão preventiva de Leopoldo López é mantida

O líder dos protestos, Leopoldo López, da coalizão antichavista Mesa de Unidade Democrática participou de uma audiência no Palácio de Justiça que terminou nesta madrugada, pelo horário local. Segundo seu advogado, Leopoldo continuará detido e vai responder a acusações de incitação à violência, formação de quadrilha e de ter provocado prejuízos materiais. Ele pode ser condenado a até 35 anos de prisão.

A oposição programou para sábado uma nova manifestação em Caracas em apoio a Leopoldo López. O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, em visita ao México, condenou a violência “inaceitável” na Venezuela e pediu que o governo libertasse os manifestantes detidos.
 

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