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Economia/Forum

Forum de Davos revela incertezas sobre economia mundial

Dirigentes da elite política e financeira de todo o planeta iniciam nesta quarta-feira, em Davos, o tradicional encontro anual do Fórum Econômico Mundial, marcado este ano pelas expectativas de retomada do crescimento econômico pós-crise na zona do euro. O Brasil terá uma participação reduzida, mas o país estará no foco das atenções como um dos três potenciais destinos de investimentos, segundo uma pesquisa divulgada por uma empresa de consultoria.

Fórum de Davos começa nesta quarta-feira, dia 23 de janeiro de 2013.
Fórum de Davos começa nesta quarta-feira, dia 23 de janeiro de 2013. REUTERS/Denis Balibouse
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Com colaboração de Deborah Berlinck, enviada especial do jornal O Globo, à Davos,

Cerca de 50 chefes de estado e de governo devem comparecer ao centro de congresso da pequena estação de esqui, na Suíça, para o encontro com centenas de empresários, economistas e jornalistas vindos de todas as regiões do mundo nesta 43ª edição do Forum.

A edição de 2013 deve acontecer em um clima de mais tranquilidade nos mercados depois das fortes turbulências da zona do euro e do risco de implosão do bloco. As incertezas sobre o futuro do euro e o déficit fiscal nos Estados Unidos, no entanto, contribuem para tornar o cenário ainda incerto.

Um estudo divulgado à margem do Fórum revela que os grandes empresários estão menos pessimistas em relação às previsões para a economia mundial em 2013 do que no ano passado. No entanto, eles continuam prudentes, de acordo com a pesquisa.

Na abertura do evento, na noite desta terça-feira, o fundador do Forum Econômico Mundial, Klaus Schwab, sugeriu aos participantes “virarem a página” da crise da zona do euro e demonstrarem uma nova “visão” sobre a economia.

"Expresso a esperança de que vocês saiam deste evento com uma visão além da simples gestão da crise como nós a conhecemos, uma visão que seja muito mais dinâmica e não apenas de luta contra a crise”, declarou.

Diversos dirigentes políticos, entre eles o primeiro-ministro birtânico David Cameron, a chanceler alemã Ângela Merkel, o chefe de governo italiano, Mario Monti e o premiê russo Dmitri Medvedev terão a ocasião de responder aos questionamentos lançados pela direção do Fórum.

Participantes de um debate sobre crise financeira, nesta quarta-feira, consideram que o sistema financeiro vive um período de maior tranquilidade, mas pode voltar a sofrer turbulências se os mercados financeiros mundiais não forem melhor controlados. 

Aposta no Brasil

Apesar do cenário de crises constantes e das previsões de um crescimento fraco para a economia do Brasil, o país é apontado por executivos internacionais como um dos três principais destinos para investimentos, ao lado da Indonésia e África do Sul.

A pesquisa foi feita pela empresa de consultoria Price Waterhouse Coopers com 1.330 líderes empresariais de 68 países. Eles foram questionados sobre os melhores países para realizar negócios mas também sobre diversos outros assuntos ligados às perspectivas das empresas e de seus dirigentes.

Os três países também venceram na categoria “vencendo e acelerando”, superando as potências emergentes Índia e China, que registram forte crescimento. Na projeção da PriceWaterhouse Coopers, o Brasil irá crescer acima de 4% entre 2013 e 2015. No mesmo período, segundo a empresa de consultoria, a China irá crescer 7,3% e a Índia, 6,6%.

Já as principais economias industrializadas como Estados Unidos, França e Alemanha foram colocadas pela pesquisa na lista dos países que ainda estão crescendo mas ainda suscetíveis a turbulências, em uma demonstração de que a crise ainda não foi totalmente superada por esses países.

 

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