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Alemanha/França

Hollande e Merkel prometem reforçar união monetária na Europa

O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, prometeram hoje em Berlim apresentar até maio propostas concretas para reforçar a união econômica e monetária na Europa. Os dois líderes se reuniram na capital alemã para celebrar os 50 anos do Tratado do Eliseu, que selou a reconciliação franco-alemã no pós-guerra.

Hollande e Merkel durante entrevista coletiva em Berlim nesta terça-feira, 22 de janeiro de 2013.
Hollande e Merkel durante entrevista coletiva em Berlim nesta terça-feira, 22 de janeiro de 2013. REUTERS/Wolfgang Rattay
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"A amizade franco-alemã não é um longo trajeto tranquilo, mas ela é indissociável da construção europeia", afirmou Hollande em discurso no Parlamento alemão diante de 400 parlamentares franceses e 600 deputados alemães que se reuniram em sessão plenária para a comemoração. Logo em seguida, Merkel subiu à tribuna e destacou que a dupla franco-alemã é essencial ao progresso da Europa e à superação da crise econômica no continente.

O chamado eixo franco-alemão, considerado o motor da União Europeia, está emperrado por conta das discordâncias entre o socialista Hollande e a conservadora Merkel. Enquanto o chefe de Estado francês defende investimentos como solução para a crise das dívidas, a líder alemã vê na austeridade a chave para a recuperação econômica.

As divergências entre Merkel e Hollande têm tido repercussão em todos os setores, inclusive na defesa. Os franceses reclamam da ajuda alemã na intervenção militar no Mali, que consideram modesta. Merkel disse hoje no Parlamento alemão que "a França realiza atualmente uma missão militar difícil em nome de todos os europeus". Por trás do discurso simpático à ofensiva de Hollande, a chanceler não esclarece até que ponto os alemães estão dispostos a aumentar seu apoio à operação francesa no país africano.

A imprensa alemã constata que mesmo o apoio logístico prometido pelo governo alemão é limitado e se restringe ao transporte de material não bélico. Segundo a revista Der Spiegel, Berlim se nega a utilizar suas aeronaves para o transporte de soldados e munições envolvidos no combate aos grupos radicais islâmicos no Mali.
 

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