Blindados russos invadem base ucraniana na Crimeia
Blindados russos invadiram neste sábado (22) uma base ucraniana na Crimeia, no dia seguinte que a Rússia anexou oficialmente a região. Durante a operação, os russos atiraram para o alto e ameaçaram soldados ucranianos. A situação na Ucrânia será discutida na próxima segunda-feira (24) entre os chanceleres americano, John Kerry, e russo, Serguei Lavrov, em reunião à margem da cúpula sobre a Segurança Nuclear, em Haia.
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Os tanques russos entraram à força na base de Belbek, perto de Sebastopol. Os soldados ucranianos foram ameaçados com armas e um deles ficou ferido. O comandante da base, que era uma da raras instalações militares da Crimeia ainda controladas pela Ucrânia após a anexação da região pela Rússia, foi levado pelas forças russas para discussões.
Um pouco mais cedo, outra base ucraniana da Crimeia foi cercada e invadida por um grupo de homens pró-russos. Os 200 homens estavam desarmados e gritaram “Rússia, Rússia” quando entraram no local. Eles quebraram janelas e hastearam a bandeira da marinha russa no lugar da ucraniana.
Os militares ucranianos da base aérea de Novofedorivka, no oeste da península, se refugiaram no interior do prédio e lançaram sinalizadores contra os invasores. Oficiais russos assistiram à cena do lado de fora da base, sem intervir. Um militar russo entrou finalmente no prédio para negociar com os ucranianos e pediu aos manifestantes para deixarem o local.
Ontem, marinheiros russo tomaram o controle do único submarino ucraniano na Crimeia. Nos últimos dias, várias base e navios ucranianos da península passaram para as mãos das forças russas ou pró-russas, sem encontrar resistência dos soldados da Ucrânia.
Reunião entre Kerry e Lavrov
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, se encontra na segunda-feira com o secretário de Estado americano, John Kerry, para discutir a situação na Ucrânia. O encontro acontece à margem da Cúpula sobre a Segurança Nuclear que reúne vários chefes de Estado em Haia, na Holanda. Uma reunião dos líderes do G7, proposta pela presidente americano Barack Obama, também deve discutir a situação na Ucrânia. O presidente russo, Valimir Putin, não participará da cúpula de Haia.
Os Estados Unidos e a União Européia condenaram a proclamação de independência da Crimeia e a anexação oficial da península ucraniana pela Rússia. Eles adotaram várias sanções econômicas contra autoridades russas.
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