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Violência

Protestos contra aeroporto em Nantes deixam sete feridos

O contestado projeto do aeroporto internacional de Nantes, na região de Notre-Dame-des-Landes (oeste da França), continua provocando revolta. Uma semana depois de um protesto que reuniu mais de 13 mil pessoas, hoje aconteceram novas manifestações. Houve confronto com a polícia e pelo menos quatro manifestantes e três policiais ficaram feridos.

Manifestantes mostram cartazes contra construção de aeroporto em Notre-Dame-des-Landes
Manifestantes mostram cartazes contra construção de aeroporto em Notre-Dame-des-Landes REUTERS/Stephane Mahe
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Os primeiros conflitos aconteceram de manhã. Opositores atiraram pedras e garrafas contra os policiais, que responderam com bombas de fumaça e gás lacrimogênio. Pelo menos quatro manifestantes e dois policiais ficaram feridos. Sete pessoas foram presas, se juntando às dezenas detidas ontem, quando manifestantes ocuparam o terreno reservado para o aeroporto. No fim da tarde, um novo protesto reuniu 3.200 pessoas diante da prefeitura de Nantes. Um policial de choque foi atingido por um paralelepípedo.

A obra é alvo de fortes críticas, principalmente dos ecologistas, que temem os impactos na biodiversidade na região. Os ministros do transporte, da agricultura e da ecologia defenderam o projeto, mas admitiram atrasar em seis meses o início das obras. O aeroporto Internacional de Nantes vai custar 550 milhões de euros e deve substituir o atual aeroporto Nantes Atlantique em 2017. A pleno funcionamento, ele deve receber 9 milhões de passageiros por ano.

Diálogo
Em comunicado emitido neste sábado, o governo francês anunciou que criará na semana que vem uma comissão de diálogo para expor o projeto do aeroporto de Notre-Dame-des-Landes e ouvir todas as partes. O texto reiterou, no entanto, o "compromisso do Primeiro Ministro [Jean-Marc Ayraul] com o desenvolvimento econômico e social do Grande Oeste, do qual a transferência do aeroporto de Nantes [Atlantique] para Notre-Dame-des-Landes faz parte".

"Este projeto", continua o comunicado, "passou por todos os estudos prévios exigidos por lei. Quanto ao impacto sobre o meio ambiente e as terras agrícolas, os ministros envolvidos anunciaram hoje que estudos complementares serão conduzidos e que nenhuma operação de desobstrução do território será iniciada antes da conclusão destes estudos".

 

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