Suspeitos do ataque ao jornal Charlie Hebdo e da mercearia judaica em Paris morrem em operação policial
Uma dupla operação da polícia francesa nesta sexta-feira (9) resultou na morte dos dois suspeitos do atentado contra o jornal Charlie Hebdo na quarta-feira (7) e na libertação dos reféns que estavam presos em uma merceria judaica em Porte de Vincennes, no 12° distrito da capital. Segundo fontes do sindicato de policias franceses, ainda não confirmadas, cinco pessoas teriam morrido na operação em Vincennes.
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Ahmedi Coullibaly, autor da ação na Porte de Vincennes, já havia matado uma policial nesta quinta-feira em Montrouge e também morreu na operação. Saïd e Chérif Kouachi foram cercados nesta manhã em uma gráfica na cidade de Dammartin-en-Goële, na região de Seine e Marne, a quarenta minutos de Paris. Armados de Kalachnikovs e de um lança-foguetes, os dois estavam foragidos desde o ataque ao jornal Charlie Hebdo. Eles foram reconhecidos em um posto de gasolina, o que levou a polícia a localizá-los.
Os dois irmãos ficaram entricheirados durante todo o dia com um refém, que saiu são e salvo da operação. Ao mesmo tempo, em Vincennes, a polícia conseguiu liberar entre 15 e 20 reféns que estavam presos na mercearia judaica. Dois policiais ficaram feridos durante a ação e, segundo as informações, não correm risco de vida. Ahmedi Coulibaly estava acompanhado de um outro indivíduo que teria sido neutralizado.
Paris é alvo de série de ataques que seriam ligados
A jovem Hayat Boumedienne, que estava com ele durante o tiroteio ocorrido nesta quinta-feira em Montrouge e está sendo procurada pela polícia, não estava presente. A capital foi alvo de três ataques nos últimos dias que estavam provavelmente ligados, segundo o Ministério do Interior.
O ataque a Vincennes provocou o fechamento de todos os acessos a marginais e a paralisação temporária do metrô e bondes na região. Os alunos foram trancados nas escolas das redondezas, mas já foram liberados e enviados para a casa. Ahmedi Coulibaly conhecia um dos irmãos que atacou o jornal Charlie Hebdo. Durante a ação, houve rumores de que ele teria ameaçado matar os reféns, entre eles mulheres e crianças, caso Saïd e Chérif Kouachi não fossem liberados.
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