Ex-militares franceses combatem na Síria e no Iraque como jihadistas
A RFI apurou com exclusividade que cerca de dez ex-militares franceses combatem atualmente como jihadistas na Síria e no Iraque. A informação foi confirmada pelo ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, em uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (21). Ele disse, porém, que são casos "extremamente raros".
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A maioria dos ex-militares luta ao lado dos combatentes do grupo Estado Islâmico. Um deles, inclusive, usaria os conhecimentos adquiridos durante o período em que esteve a serviço do exército francês para recrutar e treinar jovens jihadistas. Ele é atualmente emir (chefe muçulmano) de um grupo de franceses na região de Deir Ezzor.
Jovens e veteranos
Alguns se converteram ao islã, outros são de origem árabe-muçulmana. Há jovens especialistas em explosivos e veteranos da Legião Estrangeira e da equipe militar de paraquedistas. Alguns desses jihaditas chegaram a publicar a sua condição de ex-soldados franceses nas redes sociais.
Eles são considerados mais perigosos que os outros porque se formaram na França e conhecem os segredos do exército. Há um receio de que possa acontecer algo parecido ao atentado em Fort Hood, nos Estados Unidos, em 2009, quando um soldado norte-americano próximo à Al-Qaeda atirou contra os colegas que partiriam para uma missão no Afeganistão. Treze morreram.
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