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Moda/Paris

Paris recebe desfiles de moda com segurança reforçada após atentados terroristas

Depois de Londres e Milão, a temporada de desfiles de moda masculina começou nesta quarta-feira (21) em Paris. Mas desta vez, as cerca de 50 marcas que apresentam suas coleções outono/inverno 2015 tiveram que acrescentar nos preparativos uma série de medidas de segurança reforçadas, duas semanas após os atentados terroristas na capital francesa.

A marca italiana Valentino foi um dos destaques do primeiro dia da temporada outono/inverno 2015 de desfiles de moda masculina em Paris
A marca italiana Valentino foi um dos destaques do primeiro dia da temporada outono/inverno 2015 de desfiles de moda masculina em Paris www.valentino.com
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Cerca de 4 mil convidados do mundo inteiro, entre jornalistas, compradores e celebridades, desembarcaram em Paris para assistir os cerca de 50 desfiles do calendário oficial moda masculina, repartidos durante cinco dias. No entanto, as autoridades da capital francesa, que continua em clima de vigilância máxima após os atentados contra o jornal satírico Charlie Hebdo e o supermercado kosher, que deixaram 17 mortos há duas semanas, pediram para que as marcas reforcem a segurança durante as apresentações.

Os controles de convites serão mais rigorosos e as bolsas dos convidados deverão ser vistoriadas. “Cada ‘maison’ adotou as medidas à sua maneira”, explicou o diretor executivo da Federação Francesa da Costura, que organiza o evento, e que prefere não semear um clima de tensão. “Estamos contentes que a os desfiles possam ser realizados como de costume, pois a vida continua”, completou.

Estilista protesta contra terrorismo durante desfile

Apesar da tentativa da organização de continuar seu calendário de desfiles como se nada tivesse acontecido, alguns estilistas decidiram usar a passarela para protestar contra a violência dos ataques recentes. O belga Walter Van Beirendonck, conhecido por seu estilo provocador e sua moda para iniciados, começou a apresentação com um modelo no qual era possível ler os dizeres "Stop terrorising our world" (Parem de terrorizar nosso mundo). “No início eu não queria passar nenhuma mensagem, mas quando vemos o que esta acontecendo no mundo, temos que reagir”, disse o Van Beirendonck, que já havia usado e frase em uma de suas coleções, há oito anos.

Outro destaque do dia foi a marca italiana Valentino, que apesar de apresentar uma moda bem mais sóbria que o belga, tem conquistado cada vez mais espaço na moda masculina, sob a batuta do duo Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli. A semana ainda conta com apresentações de nomes como o do norte-americano Rick Owens, a gigante Louis Vuitton, o japonês Yohji Yamamoto e o belga Dries van Noten, nesta quinta-feira (22). Givenchy e Berluti são as mais esperadas da sexta-feira (23) e Dior e Hermès serão os ponto altos do sábado (24). A maratona masculina termina no domingo (25), com Saint Laurent. Em seguida a capital francesa vira palco da alta-costura, especificidade parisiense, com cinco dias de desfiles durante os quais as marcas apresentam todo seu ‘savoir-faire’ artesanal.

Fim do mistério na Gucci

Essa quarta-feira também foi marcada pelo fim do mistério sobre o futuro da italiana Gucci, que viu sua diretora artística Frida Giannini deixar a direção artística após oito anos no cargo. O grupo Kering, proprietário da grife, anunciou que Alessandro Michele assumirá a batuta à frente da criação da empresa.

Braço direito de Frida Giannini, o estilista de 42 anos já dirigia desde 2011 a linha de acessórios da marca, uma das principais fontes de renda da grife italiana, fundada em 1921. 

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