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Portugal/Crise

Funcionários públicos portugueses vão às ruas contra cortes salariais

As principais centrais sindicais de Portugal convocaram uma grande manifestação em Lisboa contra os cortes salariais e as reduções dos abonos de férias previstos no Orçamento aprovado pelo governo. Civis e militares participam de protestos neste sábado.

Manifestantes portugueses protestam contra as mediads de austeridade  em Lisboa em 1/10/2011.
Manifestantes portugueses protestam contra as mediads de austeridade em Lisboa em 1/10/2011. Reuters/Jose Manuel Ribeiro
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O congelamento salarial de 2010, o corte médio de 5% dos salários neste ano e a alteração das regras para a aposentadoria levaram às ruas de Lisboa, neste sábado, milhares de funcionários públicos descontentes com o programa de austeridade do governo.

Entre as medidas mais impopulares estão a supressão dos abonos salariais de férias e de Natal. Os funcionários públicos da ativa e aposentados que ganham acima de mil euros não receberão o 13° e o 14° salários. E, no setor privado, a jornada diária de trabalho foi aumentada em meia hora.

O governo justifica que as medidas duras são a única forma de equilibrar as contas e respeitar os acordos acertados com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional. Um dos principais objetivos é reduzir o déficit público do atual patamar de 5,9% do PIB para 4,5% em 2012.

Mas, para os sindicatos, o programa governamental é recessivo e penaliza a sociedade portuguesa. Economistas calculam que, se durar por muito tempo, os cortes podem levar a uma queda do crescimento da economia portuguesa e elevar o desemprego. Atualmente, a taxa de desempregados é de 12,5%, mas dede atingir o recorde de 13,4% em 2011.“É preciso que as pessoas protestem nas ruas, que lutem, que fiquem indignadas para impedir essa ofensiva lançada pela administração pública contra os trabalhadores”, disse a sindicalista Ana Avoila.

Militares

Concentrados na Avenida da Liberdade, uma das principais da capital portuguesa, os professores e profissionais da educação são um dos principais grupos de manifestantes. Também em Lisboa, na Praça do Rossio, um outro grupo de manifestantes militares e representantes forças de segurança também organizou uma passeata contra o congelamento das promoções. Eles desfilam, porém, à paisana. Os organizadoeres afimam que 10 mil militares estiveram presentes.

A manifestação deste sábado é vista pelos sindicatos como um « ensaio geral » da greve geral prevista para o dia 24 de novembro.
 

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