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França/USA/Israel

Diplomacia francesa teme que Israel ataque o Irã no meio do ano, diz Le Monde

O jornal Le Monde que chegou às bancas na tarde desta quinta-feira traz uma análise sobre a visão da França com relação à situação iraniana. Para o vespertino, a diplomacia francesa visa prevenir, por meio de sanções internacionais, uma ação militar israelense, que poderia acontecer nos próximos meses.

Primeiro-ministro israelense poderia lançar ataque militar contra o Irã no meio do ano, diz Le Monde
Primeiro-ministro israelense poderia lançar ataque militar contra o Irã no meio do ano, diz Le Monde REUTERS/Michael Kooren
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Segundo o jornal Le Monde, Paris considera que as sanções econômicas ao regime de Teerã devem ser impostas o mais rápido possível. O vespertino explica que essa seria a única maneira de evitar que Israel ataque as estruturas nucleares do Irã, algo que poderia acontecer já em meados de 2012.

Mas de acordo com o jornal, a estratégia francesa tem criado tensões entre Paris e Washington, já que a equipe diplomática de Nicolas Sarkozy não parece compartilhar a visão dos responsáveis norte-americanos sobre o assunto. O vespertino explica, por exemplo, que a França não aprovou a atitude dos Estados Unidos durante as discussões sobre as primeiras sanções radicais contra o Irã no ano passado. Mesmo se “o Senado americano havia aprovado por 100 votos a zero a imposição de uma política mais restrita ao Irã, a Casa Branca tentou atrasar algumas medidas”, relata o vespertino. Se de um lado Paris clamava a interrupção da compra de petróleo iraniano, do outro Washington hesitava, lembra o jornal.

Enquanto franceses e norte-americanos continuam o braço-de-ferro sobre as sanções econômicas, Israel não parece disposto a esperar e ameaça lançar uma ofensiva militar contra o regime de Teerã. Ouvindo fontes diplomáticas francesas, o vespertino chega a traçar um calendário detalhado sobre o possível ataque. “Se os israelenses querem agir, (...) o melhor momento é antes das eleições presidenciais americanas”, teriam dito responsáveis do governo em Paris, afirmando que “a hora de todos os perigos é o verão 2012 (no hemisfério norte)”. E é justamente para evitar esse cenário “catastrófico”, que a França procura, com as sanções, “encontrar uma alternativa para o que seria uma grande besteira de Israel”, pode-se ler nas páginas do Le Monde.
 

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