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Mali/França

Países africanos vão enviar tropas ao Mali para apoiar a França

Neste sábado, em Abidjan, capital da Costa do Marfim, dirigentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) fizeram um apelo por uma mobilização internacional mais ampla para as operações militares no Mali. Atualmente, soldados franceses e malineses lutam contra grupos islamitas armados e aguardam reforços de tropas africanas. Os ministros franceses Laurent Fabius, das Relações Exteriores, e Jean-Yves Le Drian, da Defesa, também participam da reunião.  

Soldados do Mali reunidos neste sábado, 19 de abril, em Niono.
Soldados do Mali reunidos neste sábado, 19 de abril, em Niono. Reuters/Joe Penney
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O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, atualmente à frente da CEDEAO foi o primeiro a alertar sobre a necessidade de uma participação mais relevante das grandes potências e do maior número possível de países, a fim de apoiar a França e o Mali nesta guerra contra o terrorismo. O presidente do Chade, nação que não integra a CEDEAO, comprometeu-se a mandar 2.000 soldados.

O objetivo da reunião de hoje é acelerar o envio da chamada Misma - Missão Internacional de Apoio ao Mali - mandatada oficialmente pela ONU, para ajudar o governo malinês a reconquistar o norte do país, há mais de nove meses nas mãos de grupos armados islamitas.

A operação da França, que começou há oito dias, é temporária e não vai substituir a ação da Missão Internacional, que deve mandar 2.000 homens ao país do conflito até 26 de janeiro. Uma centena de togoleses e nigerianos desembarcaram na capital Bamako e 30 soldados do Benin estão a caminho. No total, oito países do oeste africano, além do Chade, confirmaram que vão colaborar com a Missão. A França deve passar o bastão para 5.800 soldados africanos.

Neste sábado, os militares franceses lutam lado a lado dos malineses. Dois mil já estão no território, um número que deve aumentar para 2.500 ou "talvez até mais, anunciou o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian, não descartando a presença total de 4.000 franceses no Mali.

Combates

As forças malinesas anunciaram ter reconquistado totalmente a cidade de Konna, a 700km a nordeste da capital Bamako, que caiu em 10 de janeiro nas mãos dos islamitas. Foi este fato que precipitou a intervenção da França no país, que temia que os extremistas se dirigissem ao sul e à capital.

No oeste, um grande número de islamitas teriam abandonado Diabali, a 400 km a nordeste de Bamako, depois de violentos bombardeios da aviação francesa. No entanto, não está confirmado se a cidade continua ou não dominada pelos inimigos e o exército do Mali está travando violentos combates na área.

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