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Coreia do Norte

Ditador norte-coreano Kim Jong-il morre aos 69 anos

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morreu neste sábado vítima de uma crise cardíaca. A informação foi divulgada hoje pela televisão estatal norte-coreana. O filho mais jovem do ditador, Kim Jung-un, assumirá o comando do país. Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, principais inimigos da Coreia do Norte, já anunciaram que estão vigiando "de perto" a situação.

Kim Jong-il (à gauche) et son fils Kim Jong-sun (à droite) en octobre 2010.
Kim Jong-il (à gauche) et son fils Kim Jong-sun (à droite) en octobre 2010. REUTERS
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Kim Jong-iI dirigia a República popular democrática da Coreia, única dinastia comunista da história, desde a morte de seu pai em 1994. Segundo informações divulgadas pela Agência central da imprensa coreana, ele "sucumbiu a um grande esgotamento mental e físico".

Promovido nos últimos anos às mais altas funções militares e políticas, o futuro líder norte-coreano, Kim Jong-un, vai liderar um dos Estados mais pobres do mundo. A Coreia do Norte possui armas nucleares, mas tem carência de infra-estruturas e energia, além de estar isolado no plano diplomático. Crises alimentares fazem periodicamente milhares de mortos e o governo reprime duramente toda oposição.

O funeral de Kim Jong-il será realizado no dia 28 de dezembro. As autoridade de Pyongyang decretaram luto oficial de 17 a 29 de dezembro.

Reações

Um porta-voz da Casa Branca declarou que o governo norte-americano está em contato com seus aliados na Coreia do Sul e no Japão para monitorar a situação na Coreia do Norte. 

Em Seul, o governo sul-coreano anunciou uma reunião de emergência de seu Conselho de Segurança Nacional e colocou o exército em estado de alerta. As duas Coreias continuam tecnicamente em estado de guerra desde o precário armistício assinado após o fim da guerra da Coreia, em 1953.

O Japão também realizou hoje uma reunião de urgência do governo e expressou suas condolências pela morte de Kim Jong-iI. "O governo japonês espera que essa situação não tenha consequências negativas sobre a paz e a estabilidade na península coreana", declarou o porta-voz Osamu Fujimura.

O Japão ocupou a península coreana na primeira metade do século 20 e mantém relações tensas com seu vizinho norte-coreano desde os anos 50, sentindo-se diretamente ameaçado pelos mísseis e testes nucleares do governo de Pyongyang.

O ministro das relações exteriores britânico, William Hague, disse nesta segunda-feira que a morte de Kim Jong-il pode ser uma oportunidade de mudança para a Coreia do Norte. "Esperamos que o novo poder perceberá que é por meio da participação da comunidade internacional que ele terá mais chances de melhorar as condições de vida do povo norte-coreano", disse o ministro.

O ministro francês das relações exteriores, Alain Juppé, expressou a esperança de que um dia a Coreia do Norte possa recuperar sua liberdade. Ele declarou que as autoridades francesas "serão muito vigilantes quanto às consequências dessa sucessão".

A Rússia e a China, dois dos poucos aliados da Coreia do Norte, exprimiram suas condolências pela morte de Kim Jong-il.

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