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Bósnia/massacre

Muçulmanos bósnios lembram massacre em Srebrenica

Os muçulmanos da Bósnia comemoram nesta quarta-feira o 17° aniversário do genocídio de Srebrenica, em 1995, que deixou 8 mil mortos. Mais de 30 mil pessoas devem participar da cerimônia. Neste ano, os corpos de 520 novas vítimas que foram exumadas das valas comuns e identificados serão enterrados. Recentemente, o novo presidente sérvio, Tomislav Nikolic, negou o massacre.

Muçulmanos lembram o massacre em Srebrenica, na Bósnia.
Muçulmanos lembram o massacre em Srebrenica, na Bósnia. Reuters
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Segundo os organizadores, até hoje 5.137 vítimas foram identificadas. Neste ano, 520 pessoas serão enterradas no cemitério do memorial, erigido em homenagem às vítimas. No dia 11 de julho de 1995, poucos meses antes do fim da guerra da ex-Iugoslávia, as tropas sérvias da Bósnia assumiram o controle em Srebrenica, uma cidade considerada, desde 1993, como zona protegida da ONU. “É uma dor sem fim. Todos os anos, quando chega o dia 11 de julho, a dor se torna insuportável”, diz Sevdija Halilovic, que perdeu o pai no genocídio e veio nesta quarta ao memorial de Potocari, perto de Srebrenica.

O aniversário do massacre coincide com o início do julgamento de Ratko Mladic, ex- chefe militar dos sérvios na Bósnia, um dos responsáveis pelo genocídio. O processo do ex-general foi retomado nesta segunda-feira na Corte Penal Internacional. Radovan Karadzic, chefe político, também será julgado depois de anos foragido. Preso em julho de 2008 em Belgrado, seu processo foi reaberto em outubro de 2009. O ex-presidente iugoslavo Slobadan Milosevic, outro criminoso de guerra, morreu na prisão do Tribunal antes do fim do processo.

No início de junho, pouco depois de sua eleição, o novo presidente sérvio, o nacionalista Tomislav Nikolic, negou durante uma entrevista a existência de um genocídio durante uma entrevista. Em um comunicado divulgado nesta quarta, o presidente Americano Barack Obama denunciou as tentativas de neação do massacre. O premiê britânico, David Cameron, também condenou qualquer tentativa de não-reconhecimento do genocídio.

 

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