Banco britânico é acusado de transações ilegais com empresas iranianas
Autoridade de regulação de Nova York acusou o banco britânico Standard Chartered (SCB) de ter dissimulado transações ilegais com o Irã. A instituição teria lavado dinheiro em um esquema com o governo iraniano durante vários anos. A operação teria envolvido cerca de US$ 250 bilhões.
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De acordo com o Departamento de Serviços financeiros do Estado de Nova York, o banco britânico teria dissimulado transações com o regime iraniano durante pelo menos dez anos. As operações teriam começado em 2001, quando o Standard Chartered (SCB) teria conspirado com os iranianos para realizar transferências de fundos via sua filial de Nova York.
Para evitar a identificação dos clientes, que eram alvo de sanções econômicas lançadas por Washington, o banco teria omitido informações que permitiriam a identificação do país de origem dos depósitos. Segundo o órgão de controle, durante esse período o sistema financeiro dos Estados Unidos teria “ficado vulnerável a terroristas, traficantes de armas, de drogas e regimes corruptos”.
Os norte-americanos dizem basear as acusações em “mais de 30 mil páginas de documentos, inclusive e-mails internos da SCB”. O banco tem até o dia 15 de agosto para se explicar, mas sua licença para operar nos EUA corre o risco de ser suspensa.
Criado em 1969, o SCB concentra suas atividades em negócios na Ásia e com países emergentes, principalmente entre as ex-colônias britânicas. Ele conta com 1700 escritórios em 70 países.
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