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líbano/ violência

Confrontos entre sunitas e alauítas matam cinco no Líbano

Pelo menos cinco pessoas foram mortos e mais de sessenta ficaram feridos em confrontos entre sunitas e alauítas em Trípoli, no norte do Líbano, entre ontem e hoje. De acordo com habitantes, homens armados originários do bairro sunita Bab al Tabbaneh e do alauíta Djebel Mosen trocaram tiros e granadas, em um sinal de aumento da tensão confessional devido ao conflito na Síria.

Confrontos ocorreram no bairro sunita de Bab al Tabbaneh.
Confrontos ocorreram no bairro sunita de Bab al Tabbaneh. REUTERS/Omar Ibrahim
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A revolta na Síria agrava as tensões no Líbano, que viveu durante 30 anos sob a hegemonia síria e está profundamente dividido entre simpatizantes e críticos do regime do presidente Bashar al-Assad. Os combates permaneceram esporadicamente ao longo desta terça-feira, apesar do envio de soldados à cidade. Homens armados revidaram à chegada do Exército, ferindo cinco soldados na segunda-feira e mais cinco hoje, de acordo com um comunicado divulgado pelos militares.

Os confrontos entre o bairro de maioria sunita hostil ao regime sírio de Bashar al-Assad e o bairro alauíta, que apoia o presidente, pertencente a esta comunidade, provocaram incêndios em casas e carros. Entre os mortos havia dois sunitas e dois alauítas, informaram fontes médicas à imprensa. Já a maioria dos feridos (35) foi registrada no bairro Bab al Tabbaneh.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, pediu hoje o fim das “batalhas absurdas” na cidade. “Nós tentamos resolver esta questão calmamente. Se o governo não faz barulho não significa que não está trabalhando”, disse ontem o premiê, em resposta às críticas sobre o aumento da tensão. “Mandados de prisão serão autorizados para todos que afetarem a segurança.”

Em junho, a tensão entre as duas comunidades havia resultado na morte de 15 pessoas em Trípoli.
 

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