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Líbano/Atentado

Bomba explode em Beirute e mata chefe de serviço de informações

Um atentado à bomba no centro de Beirute, nesta sexta-feira, matou pelo menos oito pessoas e feriu quase 80. Entre as vítimas fatais  está o chefe do serviço de informações, Wissam al-Hassan, hostil ao regime de Damasco. Al-Hassam, que já havia escapado de várias tentativas de assassinato, era próximo de Rafic Hariri, primeiro-ministro morto em um atentado em 2005, em Beirute. 

Policiais no meio dos destroços após o atentado à bomba em Beirute.
Policiais no meio dos destroços após o atentado à bomba em Beirute. REUTERS/Wadih Shlink
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O inquérito sobre a morte de Hariri, cuja parte libanesa era comandada por al-Hassam, apontava a culpa para a Síria e o Hezbollah, grupo aliado de Damasco no Líbano. Saad Hariri, filho de Rafic e também ex-primeiro ministro, acusa o presidente sírio, Bachar al-Assad, de estar por trás do atentado desta sexta-feira.

O carro-bomba explodiu no meio do dia em pleno centro de Beirute. Segundo testemunhas, pelos menos dois prédios foram atingidos pela deflagração. Um primeiro balanço divulgado pela Agência Nacional de Informação (ANI), que ouviu responsáveis da Defesa Civil libanesa, anunciou pelo menos oito mortos e 78 feridos. Um pouco mais tarde o ministro da Saúde Ali Hassan Khalil reviu o balanço e falou de três mortos.

As autoridades locais estimam que o carro carregava cerca de 30 kg de explosivos. De acordo com o procurador-geral Hatem Madi, a deflagração projetou o veículo a dezenas de metros de distância. O atentando foi realizado no bairro de Ashafriyeh, de maioria católica, próximo ao escritório do partido Falange Cristã, mas ainda não se sabe se o ataque visava algum responsável político.

O episódio, o mais grave desde 2008 no território libanês, traz novamente à tona o temor de uma contaminação da crise síria no país vizinho. A Síria, antiga potência de tutela do Líbano, foi acusada de ter sido responsável pelos assassinatos de personalidade libanesas em Damasco entre 2005 e 2008. O governo sírio condenou imediatamente o ataque desta sexta-feira. 

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