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Israel/ Síria

Israel realiza segundo ataque à Síria em 48 horas

A aviação israelense atacou o território sírio em duas ocasiões em 48 horas, informaram as redes de TV americanas e a agência oficial de notícias Sana. Na madrugada deste domingo, mísseis israelenses atingiram um centro de pesquisas científicas em Jamraya, na região de Damasco, sem deixar mortos ou feridos. Em meio à tensão, o Irã afirmou estar disposto a treinar o Exército sírio, se necessário.

Sob forte proteção, premiê israelense, Benjamin Netanyahu, participou hoje de inauguração de uma estrada em Israel.
Sob forte proteção, premiê israelense, Benjamin Netanyahu, participou hoje de inauguração de uma estrada em Israel.
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A TV síria confirmou o ataque deste domingo afirmando que a "agressão israelense visa a aliviar a pressão sobre os terroristas em Ghuta do Leste", região do subúrbio de Damasco. Mais cedo, a rede de televisão americana CNN informou que "agências americanas e ocidentais de inteligência obtiveram informações confidenciais indicando que Israel executou um ataque aéreo entre quinta e sexta-feira" contra o território sírio, após aviões de combate deste país sobrevoarem o Líbano.

De acordo com a rede NBC, "o principal alvo de Israel era uma carregamento de armas destinado ao Hezbollah, no Líbano", referindo-se ao movimento xiita libanês, inimigo de Israel. Um alto funcionário americano indicou que o ataque visava sistemas de lançamento de armas químicas, mas outras autoridades consultadas pela CNN questionaram a informação.

No Líbano, uma fonte diplomática revelou à AFP que o ataque destruiu mísseis terra-ar fornecidos recentemente pela Rússia, que estavam armazenados no aeroporto de Damasco. Na sexta, a agência Sana anunciou o disparo de dois foguetes, por parte dos rebeldes, contra o aeroporto da capital, atingindo um avião e um reservatório de querosene. Um comunicado do Exército libanês indicou vários sobrevoos de caças-bombardeiros israelenses na noite de quinta para sexta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que Israel tem o direito de se defender da transferência de armas da Síria para o Hezbollah, mas se negou a comentar a informação de que Israel atacou o território sírio. "Não vou fazer comentários sobre o que ocorreu na Síria ontem, mas acredito que os israelenses, de maneira justificada, devem se proteger contra a transferência de armas sofisticadas para organizações terroristas como o Hezbollah".

Obama afirmou que cabe ao Estado hebreu "confirmar ou negar qualquer medida que tenha adotado" para se defender da ameaça. "Temos uma estreita coordenação com os israelenses e reconhecemos que estão muito próximos da Síria e muito próximos do Líbano", destacou o presidente. Israel e Hezbollah - um fiel aliado do presidente Bashar al-Assad - se enfrentaram em um sangrento conflito no verão de 2006.

Irã se coloca à disposição da Síria

O Irã se disse hoje pronto para “treinar” o Exército sírio, se necessário. A declaração foi dada pelo general Ahmad-Reza Pourdastan, comandante do Exército. “Estamos ao lado da Síria e, se precisar, estaremos prontos para fornecer treinamento necessário, mas não participaremos ativamente de operações”, disse.

O general destacou que “com a experiência que tem nos confrontos com o regime sionista, a Síria pode se defender e não precisa de ajuda externa”. Ainda neste domingo, o prota-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, condenou “os ataques do regime sionista e pede aos países da região a reagir com sabedoria a essas agressões”. O chanceler ainda acusou Israel de querer “desestabilizar” a região.
 

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