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Haiti

Conselho Presidencial de Transição do Haiti do Haiti oficialmente investido

O Conselho Presidencial de Transição do Haiti, resultante de longas e laboriosas negociações, foi investido ontem, quinta-feira, na sequência da demissão oficial do Primeiro-Ministro Ariel Henry. Este conselho composto por oito homens e uma mulher assume doravante a tarefa de governar e organizar eleições neste país corroído pela corrupção e a violência dos gangues.

O Conselho de Transição foi investido no Palácio Presidencial no dia 25 de Abril de 2024.
O Conselho de Transição foi investido no Palácio Presidencial no dia 25 de Abril de 2024. © Ramon Espinosa/AP
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Pouco depois de o Primeiro-ministro demissionário Ariel Henry ter formalizado ontem a sua saída de cena que estava condicionada à instalação de novas autoridades, o novo órgão executivo do Haiti tomou posse em duas cerimónias distintas, primeiro no palácio presidencial e em seguida numa residência oficial do governo.

As Nações Unidas, consideraram que o Haiti tem uma "nova oportunidade de avançar para o restabelecimento das instituições democráticas". No mesmo sentido, os Estados Unidos saudaram uma etapa que qualificaram de "crucial" para a organização de eleições neste país onde não há qualquer escrutínio desde 2016.

"É um alívio para o país, que assim poderá continuar a esperar e a acreditar na possível mudança que todos os estratos da população desejam", declarou ontem na cerimónia de investidura do conselho o Primeiro-Ministro interino, Michel Patrick Boisvert, ao sublinhar "a pesada responsabilidade" que o organismo assume agora.

A primeira prioridade desta entidade será o "restabelecimento da segurança pública", afirmou, Régine Abraham, um dos membros do Conselho Presidencial de Transição ao apontar um dedo acusador sobre o anterior executivo "que abandonou totalmente a sua responsabilidade de proteger a sua população contra a violência criminosa, de oferecer serviços públicos à sua população e de dar um rumo à economia" do país.

No imediato, o Conselho de Transição deve formar um novo governo e nomear um primeiro-ministro.

Composto por sete membros com direito de voto que representam os principais partidos do país, e dois membros observadores oriundos da sociedade civil sem direito de voto, o Conselho Presidencial de Transição é o resultado de semanas de difíceis discussões marcadas por desacordos entre as diversas formações envolvidas.

Dilacerado há décadas pela miséria, a instabilidade política crónica, a corrupção e a violência, o Haiti viu a sua situação degradar-se ainda mais quando, em finais de Fevereiro, os gangues que já controlavam uma parte importante do território, lançaram uma ofensiva contra locais estratégicos do país, o que acabou por provocar a demissão em Março do então Primeiro-Ministro, Ariel Henry.

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