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Japão/Incidente

Tepco desconhece origem de vazamento de vapor em Fukushima

Uma estranha coluna de vapor foi vista saindo hoje do reator 3 da central nuclear de Fukushima, no Japão. Cerca de 12 horas após a descoberta do incidente, a operadora Tepco não sabia explicar a origem do vapor. A empresa estima que não há risco de contaminação radioativa.

Novas medidas de segurança nuclear entraram recentemente em vigor no Japão para evitar uma nova catástrofe como a de Fukushima.
Novas medidas de segurança nuclear entraram recentemente em vigor no Japão para evitar uma nova catástrofe como a de Fukushima. REUTERS/Noboru Hashimoto/Pool/Files
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Vendo as imagens feitas pela Tepco, é difícil identificar o local preciso do vazamento do vapor. A porta-voz da Tepco Masayuki Ono disse durante uma entrevista coletiva, convocada às pressas, que nesse tipo de circunstância "é importante verificar vários parâmetros para ter certeza que não há nenhuma reação crítica". Ono descartou a hipótese de um aquecimento repentino e perigoso do núcleo do reator, afirmando que ele se encontra com a temperatura esperada, ou seja, frio.

A porta-voz acrescentou que a Tepco fez várias análises, colheu amostras de material, e essas verificações não detectaram anomalias na central nuclear. "Nem a temperatura do reator, nem as medidas do sistema de controle de radioatividade sofreram elevação. Acreditamos que não se trata de uma situação de emergência, mas vamos continuar investigando", disse a funcionária da Tepco. Ela reconheceu, porém, que desde o acidente nuclear de março de 2011 e a posterior estabilização dos reatores, esta é a primeira vez que um vapor de origem desconhecida é visto no céu de Fukushima.

O vapor foi detectado por uma câmera interna por volta das 8h20 no horário local, aparentemente na área onde fica um reservatório de resfriamento de combustível nuclear no quinto e último andar do reator 3. Dos seis reatores da central, o reator 3 foi o mais danificado pelo terremoto e o tsunami de março de 2011, tendo havido inclusive fusão nuclear. Este reator também sofreu uma explosão de hidrogênio que arrancou a cobertura da estrutura de concreto, deixando as instalações internas e detritos a céu aberto.

Atualmente, 3 mil pessoas trabalham na usina de Fukushima para desmontar os reatores acidentados, uma obra titanesca que vai levar 40 anos para ser concluída.

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