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Egito/crise

Explosão em ônibus deixa 5 feridos no Cairo

Uma explosão dentro de um ônibus na capital egípcia deixou cinco pessoas feridas e um segundo artefato foi desativado nesta quinta-feira, de acordo com autoridades locais. Esse novo ato de violência é registrado um dia após as autoridades do país confirmarem oficialmente a classificação da Irmandade Muçulmana como "organização terrorista".

Ônibus que foi alvo de atentado à bomba perto da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, é filmado por jornalistas nesta quinta-feira, 26 de dezembro de 2013.
Ônibus que foi alvo de atentado à bomba perto da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, é filmado por jornalistas nesta quinta-feira, 26 de dezembro de 2013. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O ataque contra o ônibus é o primeiro a ter civis como alvo e há suspeitas de que a bomba possa ter explodido prematuramente. Os vidros do veículo ficaram destruídos após a explosão da bomba que foi colocada na beira de uma estrada no bairro de Nasr City, no norte da capital. O local foi isolado pela polícia para as investigações.

O general Mohamed Gamal mostrou uma segunda bomba artesanal que foi desativada pela polícia. Ela foi colocada em um painel publicitário e, segundo o militar, deveria ser acionada durante a passagem das forças de ordem em direção ao local da primeira explosão.

Um porta-voz do ministério do Interior disse que a bomba seria acionada à distância e tinha como objetivo “aterrorizar as pessoas antes do referendo constitucional” previsto para os dias 14 e 15 de janeiro.

Desde a destituição e prisão do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho, o Egito entrou numa espiral de violência, com as autoridades reprimindo os islamitas radicais, responsabilizados por ataques que mataram centenas de policiais e soldados.

Na terça-feira, um kamikaz lançou um carro cheio de explosivos contra um quartel-general da polícia em Mansoura, ao norte do Cairo, matando 15 pessoas, sendo 14 policiais. O grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdess, baseado no Sinai, reivindicou o atentado que foi condenado pela Irmandade Muçulmana.

No dia seguinte ao atentado, o governo acusou o movimento islâmico pelo ataque e declarou a confraria “organização terrorista”. Apesar da proibição de manifestar, o que pode levar seus integrantes a uma pena de 5 anos de prisão, líderes da Irmandade Muçulmana disseram que vão continuar os protestos para pedir a volta de Mursi ao poder.

O jornal do movimento islâmico “Liberdade e Justiça” está proibido de circular. O partido da Irmandade Muçulmana, do mesmo nome, também está com suas atividades suspensas.

 

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